"Tem razão Bruno Lage. Não podem os adeptos do Benfica esperar que a equipa goleie todos os adversários, mesmo que na Luz e mesmo que sejam, em teoria, oponentes que a super-águia da segunda parte da última época despacharia com brilho e sem piedade. Haverá, é quase certo, muitos mais jogos como os de ontem, em que o importante será, apenas e só, ganhar. Porque, como bem também disse o treinador encarnado no final da partida, são os pontos, e não os golos que decidem campeonatos. Perante um Gil Vicente muito organizado (e que nunca se desorganizou, mesmo depois de estar a perder...), o Benfica cumpriu os serviços mínimos: venceu. De forma menos exuberante do que é normal, verdade, mas venceu. Não chega para grandes euforias, mas dá para sorrir. Já é alguma coisa.
Devem, ainda assim, os benfiquistas prepararem-se para mais pragmatismo e menos espectáculo, a bem da sã convivência com uma equipa que, embora seja, aqui e ali, capaz de dar espectáculo, dificilmente conseguirá chegar aos níveis do Benfica dos primeiros cinco meses de 2019. Nem nesta fase, em que as lesões têm atrapalhado (jogar com Taarabt e Fejsa no meio-campo não é, convenhamos, o mesmo que jogar com Gabriel e Florentino, ou Samaris...), nem, muito provavelmente, lá mais para a frente, porque embora tenha apenas perdido João Félix no mercado é esse um apenas bastante relativo, tendo em conta que já todos percebemos que não será a dupla Seferovic/De Tomas capaz de dar as soluções que dava o jovem craque agora no Atl. Madrid. Será, talvez, começarem os adeptos a ir para o jogo preocupados, primeiro, em ver a equipa ganhar. Com mais ou menos espectáculo."
Ricardo Quaresma, in A Bola
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