"Primeiro clássico do campeonato, logo à terceira jornada, em Agosto, quando o país ainda está de férias, gozando o sol, os rios e o mar. Porém, um Benfica - FC Porto é sempre um jogo especial. Agora, talvez ainda mais especial, porque são, de facto, os dois maiores candidatos ao título e lutam, ombro a ombro, pela hegemonia do futebol português.
Os sinais apontam para um novo ciclo de poder encarnado, mas o FC Porto tenta resistir, apesar de menos forte, menos coeso, menos sólido. Sobrevive, no entanto, uma cultura única de ambição e de conquista. Uma cultura que se torna mais guerreira quando o adversário representa, não apenas o principal rival, mas o primeiro representante da capital do que resta do velho império lusitano.
Neste tempo precoce da época, não há, obviamente, jogos decisivos, mas há jogos de diferentes graus de importância e, este, é um dos muito importantes. Talvez se deva admitir que sendo muito importante para os dois clubes, é ainda mais importante para o FC Porto, porque teve uma desastrosa abertura de se reerguer e de dar uma outra imagem, mais competente e, sobretudo, mais esperançosa para os seus adeptos.
Partirá o Benfica - é inevitável dizê-lo - com um muito teórico favoritismo para este clássico. Porque joga em casa, porque parece ser uma equipa já mais construída e mais consolidada, porque continua a ter uma forte dinâmica de vitória, porque tem menor pressão. Mas sendo, este FC Porto, uma equipa construção, é de admitir que faça da sua aparente desvantagem uma razão maior para vencer."
Vítor Serpa, in A Bola
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