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sábado, 27 de abril de 2019

Futebol feminino - novo e competente

"Apesar dos registos que a nossa equipa principal de futebol tem alcançado na segunda fase e, em especial, num momento tão decisivo desta época, a redacção do jornal considerou dever destacar o desempenho da equipa de elite de futebol feminino na presente edição. Também me parece uma decisão muito justa. Justa e oportuna.
Foi no segundo semestre do ano passado que, em resultado de estudos dedicados e competentes, a direcção do Sport Lisboa e Benfica tomara a decisão de empreender a intervenção do Clube nas competições federadas de futebol feminino, nos escalões de seniores, sub-19 e sub-20, além de ter decidido institucionalizar a concomitante actividade de equipas do género feminino nos respectivos escalões principais e de formação, nas cinco mais nobres 'modalidades colectivas de pavilhão' - hóquei em patins, voleibol, andebol, basquetebol e futsal - mantendo também, evidentemente, a presença feminina no atletismo, no judo e no râguebi, assim com em todas as restantes modalidades, escalões e especialidades que já tínhamos em exercício.
No texto que aqui publiquei na derradeira edição do ano do jornal O Benfica, tendo em conta todas essas importantes resoluções dos nossos eleitos, não hesitei em considerar 2018 no Benfica como o decisivo Ano da Mulher.
Dada a natureza e projecção do futebol em Portugal e considerando também o estado de desenvolvimento adquirido no nosso país nas mais recentes duas ou três décadas, por acção de alguns clubes históricos como o Boavista, o União 1.º de Dezembro, ou o Futebol Benfica, entre outros, e nas duas últimas épocas, pelo SC Braga e pelos vizinhos aqui do Campo Grande, era natural que o Benfica não deixasse protelar por mais tempo a sua intervenção no futebol feminino.
No seio da direcção do nosso clube, a tarefa conceptual e as diligências estruturais decorrentes daquela relevante resolução foram cometidas ao vice-presidente Fernando Tavares, que desde cedo apresentou aos seus colegas um modelo em coerência com a política globalmente definida na última década pelo presidente Luís Filipe Vieira, visando a futura autossustentação do projecto.
Nesse sentido, o projecto pressupunha a criação de uma equipa principal desde logo fortalecida por um elenco de grandes jogadas de selecções nacionais portuguesa e estrangeiras, preparada para conquistar, ano a ano, os torneios que disputasse; e que, por outro lado, essa elite de jogadoras viesse a poder contar, em breve, com mais jovens atletas já formadas no seio do nosso Benfica, em dois escalões mais jovens.
Ora, como seria de esperar - em face da brilhante carreira desenvolvida no Campeonato da 2.ª Divisão e da conquista do torneio distrital em sub-17 - o recente apuramento das 'Papolas saltitantes' em Braga, sob as indicações do treinador João Marques, para uma primeira final da Taça de Portugal aponta para o futuro de um grande Benfica em futebol feminino.
Por isso estou seguro de que, perante estes pioneiros e inequívocos sinais de competência num campo com tão indesmentível potencial de incremento, o próprio Sport Lisboa e Benfica não se eximirá a ir ajustando progressiva e devidamente as mais adequadas condições de trabalho e merecidos meios estruturais e logísticos às virtualidades já reveladas pelas meninas do nosso futebol feminino, cuja entrada em cena veio representar um novo patamar de actualização no cumprimento das responsabilidades sociais do Glorioso, no desenvolvimento relacional proposto à mulher benfiquista e também, até, para a afirmação da sociedade desportiva portuguesa."

José Nuno Martins, in O Benfica

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