"Numa altura em que a luta entre Benfica e FC Porto está ao rubro, há algo de extraordinário que não podemos deixar de notar: um terceiro clube, neste caso o Sporting, mesmo fora da corrida há já bastante tempo, parece tão ou mais empenhado na mesma do que os próprios contendores. O objectivo é simples: impedir a todo o custo que o Benfica se sagre campeão.
Não é novidade que para qualquer sportinguista o Benfica é, e sempre será, o alvo a abater - tal como o é para qualquer portista, sendo que entre uns e outros a rivalidade não passa de mero simbolismo, o que também traduz mais uma das inúmeras expressões da nossa grandiosidade.
A ter de escolher Benfica ou FC Porto, em Alvalade jamais se hesitou. Ver o Benfica perder sempre foi o alimento predilecto daquela gente. Havia, porém, algum pudor em admiti-lo.
A turbulenta passagem de Bruno de Carvalho pelo Sporting, que, com três eleições ganhas, significou um certo fugir dos pés de visconde para o chinelo da vulgaridade, elevou essa matriz ideológica à máxima potência. E hoje vemos toda a comunicação do Sporting, sem pruridos nem vergonhas, firmemente empenhada numa guerra que não é deles. Vale pela frontalidade.
Isto nota-se sobremaneira nos debates televisivos a três, que na verdade são debates de dois contra um - algo que deveria merecer alguma reflexão do ponto de vista editorial, num país em que os campeonatos são ganhos quase sempre por apenas duas equipas.
Nós cá estamos. Preparados para tudo. A inveja dos fracos torna-nos mais fortes. E quem em 45 anos conquistou somente 4 títulos não chega sequer para nos fazer cócegas."
Luís Fialho, in O Benfica
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