"O futebol contribui com cerca de 456 milhões de euros para o PIB e gera mais de dois mil postos de trabalho em Portugal, considerando apenas os impactos directos da Liga Portugal e das suas sociedades desportivas.
Os passos que necessita de dar enquanto indústria são desafiantes. Tal como sucedeu no sector do turismo e do real estate, nos anos 90, com a entrada das grandes marcas e em que trabalhei mais de 20 anos, também no futebol se exige que ocorra um abanão técnico, tendo em vista a sua potenciação enquanto indústria.
O negócio da indústria do futebol só é possível com uma Liga credível e transparente nas suas contas e nas dos seus emblemas. Conhecer a realidade financeira dos clubes não é um ato de espionagem, mas sim uma forma de nos unirmos contra uma dimensão maior: a concorrência de outras Ligas que vão ocupando o espaço internacional (comercial, de parceiros e de visibilidade nos adeptos) e a nova distribuição financeira nos figurinos internacionais.
O nosso posicionamento deve ser comum, pela valorização das competições profissionais e pela clara industrialização do futebol nacional, com competência e com rigor. Só assim, podemos partir para a internacionalização da Liga Portugal e, consequentemente, das suas competições e emblemas. Porque o nosso mercado é pequeno, com 11 milhões de habitantes, e disputamos os mesmos territórios de patrocínio de marcas, com orçamentos cada vez mais criteriosos. As grandes marcas internacionais querem o todo e não as partes, e essa deve ser a nossa ambição, para atingirmos orçamentos realmente capazes de fomentar a mudança na e para a indústria.
Desta forma, a Liga Portugal e as sociedades desportivas têm de ser capazes de definir sistemas de planeamento, de executar e monitorizar, implementando ferramentas efectivas de "balanced scorecards"."
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