"14 de Maio de 2005. O Estádio da Luz rebentava pelas costuras. A ansiedade tomava conta dos espíritos. Depois de 11 anos de espera, o Benfica poderia voltar a ser campeão. Do outro lado estava o Sporting, a quem bastava um empate. Este era o jogo decisivo. Da época, da década, e, quem sabe?, até mais do que isso. A 6 minutos do fim, o resultado em branco ameaçava desiludir. Um livre perigoso sobre a esquerda fez renascer a esperança. Petit cruzou para entrada da pequena área, onde Luisão saltou mais alto do que o guarda-redes adversário, cabeceando para a baliza. Matematicamente só oito dias depois, no Bessa, o campeonato seria fechado. Mas aquele foi, na verdade, o golo do título.
Não sei como, apareci uns degraus abaixo do meu lugar na bancada, abraçado a não sei quem. Em mais de 40 anos de benfiquismo, terá sido esse o momento de maior euforia que vivi num estádio. Devo-o a Luisão.
Só por isso, já o central brasileiro ficaria na história. Mas, depois disso, e em mais de 500 jogos de águia ao peito, Luisão conquistou títulos e mais títulos, até se tornar no mais titulado jogador de sempre do Benfica. 6 Campeonatos, 3 Taças, 4 Supertaças e 7 Taças da Liga. 20 títulos no total, aos quais há que acrescentar a presença em duas finais europeias.
A importância de Luisão não se esgota nos números. O seu carisma, a sua autoridade e a capacidade de integrar os mais novos não podem dissociar-se do processo de recuperação do Benfica encetado no início deste século. Luisão é, de facto, um nome para a história, ao lado de outros centrais de sempre como Humberto ou Germano.
Obrigado, Luisão!"
Luís Fialho, in O Benfica
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