"Devo confessar que senti um misto de alívio e surpresa após conhecer a lista de Fernando Santos para o Mundial. A chamada de Rúben Dias deixou-me mais descansado. Não só por ver a equipa portuguesa mais bem servida, mas também pelo fracasso de nova campanha suja e desonesta contra um jovem jogador formado no Seixal. Há dois anos, o alvo foi Renato Sanches.
Desta vez, a artilharia insurgiu-se contra Rúben Dias e a sua exagerada agressividade. Afinal, o Rúben Dias é ou não um jogador combativo? Sim, é. E ainda bem! O Rúben é um fantástico defesa central, porque, ao invés de se limitar a acompanhar as investidas dos adversários com o olhar, encosta-se a eles e não cede um milímetro de espaço para pensar ou executar. Claro que nem todos são assim. Na final da Taça de Portugal, no lance do 2-0, o incómodo causado por mim e pelo Coates ao Guedes foi exactamente o mesmo. A única diferença é que eu assistia ao jogo em casa pela TV e o Coates estava mesmo no relvado. Oxalá a presença do Rúben Dias no Mundial seja tão decisiva como a do Renato no Europeu - se possível, com desfecho idêntico.
Por outro lado, fiquei espantado com a ausência do Nélson Semedo. Não discuto a qualidade do Ricardo Pereira, de quem até sou fã, no entanto considero que o Nélson é de outro nível. O dono da lateral direita do campeão espanhol em mais de metade dos jogos não mereceu mais crédito do que o lateral do campeão português. Tenho por hábito confiar em Fernando Santos, pelo que me parece que quem andou a dormir foram os seleccionadores de Espanha e Brasil. Escolheram o Piqué, o Thiago Silva e o Filipe Luís e esqueceram-se por completo do Marcano, do Felipe e do Alex Telles."
Pedro Soares, in O Benfica
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