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domingo, 14 de maio de 2017

O Professor do Tetra: criticado, diminuído, ridicularizado e bicampeão nacional

"Rui Vitória liderou mais de 20 homens para a história de um clube centenário. Merece mais do que o benefício da dúvida - merece o nosso respeito

Mais coisa, menos coisa, foi isto que ele disse e vou parafraseá-lo: o futebol é táctica, técnica, estratégia e físico, mas também é coesão e grupo.
Lá dentro, no balneário e em frente às câmaras da Benfica TV, o mister Rui Vitória, o professor Rui Vitória, o pedagogo Rui Vitória, descomplicou o futebol e reduziu-o a um jogo de emoções e de relações interpessoais - tão importante como o Luisão acertar o passe para o Lindelöf é o Luisão não ter de acertar o passo ao Lindelöf.
Ou seja, e vão passar ao lado do palavreado de auto-ajuda, se todos se derem as mãos, a corrente de energia flui e tudo corre bem dentro do campo.
Talvez Rui Vitória tenha razão.
Num clube grande com uma grande equipa, digo, a melhor equipa entre os três grandes, o treinador tem de funcionar como um facilitador. Tem de partir do princípio que os jogadores são bons e são inteligentes, e que entendem a táctica e têm a técnica simplesmente porque estão no Benfica - e isso significa que há uma estrutura e um departamento de scouting que fazem o trabalhinho deles e o técnico fará o seu.
Pão é pão, queijo é queijo.
Depois, convém também não confundir o futebolista com informações desnecessárias, mudanças súbitas à última, invenções e auto-elogios, e ao manter a coerência dá-se mais um passo em frente e esse é meio caminho andado para o sucesso - o caminho, “o nosso caminho” de Rui Vitória.
Mas Rui Vitória não é só um bom psicólogo e um bom setôr; dizer que ele é apenas isto seria injusto e redutor para o homem que acabou de liderar mais de vinte outros homens para a história de um clube com mais de 100 anos.
Não nos podemos esquecer de 2015/16 e de como ele foi criticado pela crítica (e o autor do texto faz parte do saco), e ridicularizado e diminuído pelo vizinho do lado. E não nos podemos esquecer das lesões deste ano que rebentaram o plantel, incluindo os dois mais-que-tudo (Fejsa e Jonas), da saída de Gonçalo Guedes em Janeiro e da constante crítica dos críticos (e o autor do texto continuou a fazer parte do saco).
Ora porque o Benfica não jogava bem, ou, pelo menos, não jogava tão bem quanto o Benfica de Jesus. Ora porque o Benfica só sabia jogar em contra-ataque, marcar um golinho e pôr-se à coca, com cerca de zero jogo interior e zero ideias criativas e o homem, coitado, que só sabia beber água e confiar na sorte.
E, no meio disto tudo, é bom recordar o que se escreveu e o que se disse e o que cada um de nós pensou quando o FC Porto foi buscar Casillas, Maxi Pereira, Danilo e quando repescou Óliver; ou, sobretudo, quando o Sporting sacou Jorge Jesus numa primeira fase e depois Markovic, André Balada, Bas Dost, Schelotto, Alan Ruiz, Elias ou Cambpell.
Nos dois casos, o Benfica, ou melhor, Rui Vitória não teria pedalada.
Acontece que foi campeão e depois bicampeão, sem puxar a brasa à sardinha ou desculpar-se com lesões ou políticas desportivas, que existem e que ele as entende como fazendo parte do jogo.
Hoje, Rui Vitória é o professor do tetra. E nós o que somos? E o que fizemos ultimamente na nossa vida?"

3 comentários:

  1. Ó Pedro, mete-me também a mim nesse saco faz favor!
    E andava eu a pensar numa forma de me "limpar" em relação ao Rui Vitória!
    Já está!
    Mas já agora, ó Mister, dê lá um murrito na mesa de vez em quando quanto à política de contratações, ok?

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  2. Pois...
    Muitos «expertos» em futebol, gente que vive da indústria, já tiveram que engolir as alarvidades que disseram sobre Rui Vitória. O problema é que não percebem um boi da matéria e, na maioria, pertencem a capelinhas adversas ao Glorioso, pelo que há que achincalhar.
    O desconhecimento destes «cérebros» sobre o fenómeno futebolístico é proverbial. Ainda há pouco tempo se queixavam, convencidos de que faziam tese, de que não tínhamos uma geração de jogadores para substituir a seleção A, no que denotavam um total desconhecimento (imperdoável num profissional do ramo) do que se estava a passar na formação dos clubes. Agora, que já viram aparecer alguns frutos desse trabalho e já devem ter-se informado, dizem que o futuro está assegurado.
    Uns merdas, sobretudo pelo seu antibenfiquismo (por ser primário e odiento).

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  3. Pois é... mas não tenhamos ilusões; apesar do Benfica ser Tetra, no início da próxima época lá estarão.os mesmos, a dizer as mesmas alarvidades, a rebaixar o Benfica à custa do seu antibenfiquismo e a colocar nos píncaros jogadores q se virão a revelar flops, simplesmente por ignorância futebolística...

    E já começaram c/ a mesma ladainha - na próxima época todo o plantel será vencido para a China e para o Irão, excepto o Paulo Lopes, o André Almeida e o Eliseu...
    FranciscoB

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