"Em Portugal, jogador que termina a sua carreira profissional e deseja continuar ligado ao futebol tem de ser treinador. É o que fazem, uns por se sentirem capazes de enfrentar esse desafio, outros por não descortinarem soluções alternativas, e, no entanto, elas existem. O exemplo do Bayern representa o sonho dos sonhos, um caso excepcional em que algumas das suas grandes figuras passaram a preencher altos cargos na gestão e a terem papel determinante na estratégia de crescimento do clube bávaro, como Franz Beckenbauer, que chegou à presidência do conselho de administração, e Karl-Heinz Rummenigge, que lhe sucedeu. Por cá, Rui Costa é o que mais se lhes aproxima, com lugar na SAD do Benfica.
Li em A BOLA que o Barcelona talvez enverede pelo modelo alemão, havendo a expectativa de, em futuro próximo, o 'poder' ser reclamado por referências da sua geração de ouro, conforme foi anunciado por Xavi Hernández, considerando-se os jogadores motivados e preparados para ficarem ao leme da enorme nau catalã.
A eleição de Michel Platini para a presidência da UEFA foi o primeiro grande sinal de mudança, a seguir a uma experiência que o entusiasmou pouco como seleccionador francês. Mostrou ao mundo que o papel de um (ex) futebolista não se esgota no relvado. Estende-se além dele, de aí que se aplauda a decisão do FC Porto em recorrer ao bibota de ouro Fernando Gomes para intervir na área de observação, confiando na sua intuição na descoberta de jovens talentos.
No futebol português, dado a luxos, como escreve João Bonzinho, director de informação de A BOLA TV, a propósito do ostracizado Toni, aceitar que antigos jogadores tomem conta de um clube... talvez daqui a uma eternidade, mas é batalha que a classe tem de travar."
Fernando Guerra, in A Bola
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