"Pouco, ou nada, adianta prosseguir na discussão de se Paulo Bento deveria retirar-se enquanto seleccionador nacional ou se, pelo contrário, é correcto mantê-lo nessa missão (sim, no actual e próximo estado do futebol português, trata-se mesmo de missão, bem mais do que de cargo/função...).
O que adianta - dramática urgência! - é pôr mãos à obra (já tarde, mas desastroso mesmo seria nunca...) de reorganizar a sério o nosso futebol e de dar ao seu topo, Selecção Nacional, perspectivas de futuro que se sobreponham ao actual escuro horizonte. Responsabilidade colectiva - e o que se passa na Liga de Clubes é apogeu de... irresponsabilidade! -, mas estando a Federação obrigada a traçar e dirigir/coordenar a linha condutora. Os anos de vacas gordas, levando a passividade (era Madaíl/Scolari), acabaram. Regresso das equipas B, na II Liga, foi importante passo. Mas é urgente fazer muitíssimo mais na formação de futebolistas e nas condições para muito superior aproveitamento. Até a UEFA impõe, nos plantéis para Champions e Liga Europa, números de futebolistas formados localmente... Quando é que, em Portugal, se assume urgência de mais apertar a malha? Já para não falar de pôr limite a futebolistas estrangeiros não comunitários (nada inédito em potências do futebol europeu).
SOS: a Selecção precisa de ser renovada. Salta pertinente pergunta; com quem? Dois ou três nomes e... deserto. Veremos o que o Benfica fará com os melhores vindos dos seus BB... Veremos se o Sporting não irá regredir na aposta nos seus meninos... Veremos quando é que o FC Porto conseguirá sair de nicles no aproveitamento da sua formação...
Paulo Bento lançou muitos miúdos no Sporting (exemplos de topo: João Moutinho, Rui Patrício, Miguel Veloso). Mas, a nível de Selecção para o próximo Europeu (a partir já de Setembro...), onde existe consistente matéria-prima para renovar?"
Santos Neves, in A Bola
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