"O Benfica vai estar, pela décima vez, na final de uma competição europeia de futebol. Em Turim, onde o favoritismo estava do lado da Juventus, a equipa de Jorge Jesus começou por ser atrevida, a seguir foi pragmática e acabou heróica, reduzida a nove elementos e a suportar oito minutos de compensação (que não se discutem). Na vida, há momentos para tudo e prevalece quem melhor sabe adaptar-se a cada um deles. O Benfica, perante dificuldades tremendas - além da categoria da vecchia signora a expulsão de Enzo e a lesão de Garay - soube apresentar argumentos para vencer, numa aula prática de mística. Em Turim, os jogadores do Benfica não ficaram, em garra, vontade de vencer e respeito pela camisola, atra´s dos que construíram para o clube, um património desportivo tão rico.
Aliás, 2014 é, para o Benfica, o ano das finais: na próxima quarta-feira, em Leiria a da Taça da Liga; no dia 14, em Turim, a da Liga Europa, a 18, no Jamor a Taça de Portugal e, de certeza, em Agosto, a da Supertaça nacional (se ganhar a Liga Europa terá também a final da Supertaça europeia).
Em Turim, no próximo doa 14 de Maio, o Benfica vai ser confrontado com uma situação pouco usual no seu percurso europeu: chega a uma final e é considerado favorito. Creio que apenas na final de 1963, em Wembley (derrota com o AC Milan por 2-1) isso aconteceu. Por isso, o jogo com o Sevilha deverá ser preparado, do ponto de vista psicológico, com todos os cuidados. A descompressão é, neste caso, o pior inimigo dos encarnados. Para vencer a Liga Europa, a equipa de Jorge Jesus tem de entrar em campo, num estádio onde ontem foi tão feliz, munida de dois instrumentos essenciais: fome de vitória e respeito pelo adversário.
Se tal acontecer, o céu é o limite."
José Manuel Delgado, in A Bola
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