"O Benfica é Campeão. Luís Filipe Vieira, emocionalmente dedicou o título a Eusébio e a Coluna. Uma dedicatória incontroversa no universo vermelho. As duas grandes figuras mereciam comemorar este desidrato. Nós, todos, nós, comemoramos por eles, inspirados nas suas prestações magnânimas, nas suas sensibilidades de incontido benfiquismo.
Quis o calendário que Ângelo Martins, Bicampeão Europeu, aniversariasse no dia da conquista da Liga. Horas depois, numa cerimónia de grande intimismo, acompanhado pelo António Simões, associei-me à efeméride, na qual o presidente do Clube não esteve, mas fez questão de contactar o aniversariante, felicitando-o por um trajecto que honra todos os apaniguados rubros.
Ângelo merece todas as honrarias. Essa e outras. É o único Bicampeão Europeu nascido na cidade do Porto (mesmo ao pé do Dragão), que nunca foi homenageado pela autarquia da cidade nortenha. Razão? Notabilizou-se na defesa do Manto 'encarnado'. O provincianismo portuense explica o resto.
Sobre ele, escrevi um dia, depois de tecer muitas loas pelos desempenhos competitivos, já era treinador das camadas jovens do nosso Benfica: do prelo de Ângelo Martins saíram algumas das melhores criações do Benfica; ele era um burilador de diamantes, criador de craques; mostrou sempre cartão vermelho à incompetências; as suas impressões digitais podiam ver-se em Humberto Coelho ou Nené, Alves ou Jordão, Artur ou Shéu, Vítor Martins ou Chalana; e tantos, tantos outros. Se benficómetro houvesse, atingiria o limite dessa ardência que vida fora o acompanhou.
Também agora, ainda agora. Agora e sempre."
João Mallheiro, in O Benfica
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