"No Benfica já houve jogadores com o nome próprio Luís e Luisinho. E até com a grafia antiga, o (David) Luiz. Mas apenas há um Luisão (na verdade, Anderson Luís), na 11.ª época no Benfica.
Hoje, com 33 anos, atingiu a idade em que, no futebol, se é definitivo. É consensual afirmar-se que, em mais de uma década em Portugal, Luisão está a fazer a sua melhor temporada. O defesa-central do SLB exprime agora a plenitude da sua capacidade. Com a precisão de um relógio suíço, sabe conjugar eficiência, experiência, autoridade, discernimento, rigor, solidariedade, inteligência, posicionamento. Uma trave-mestra que qualquer treinador gosta de ter. Para isso dois factores contribuíram decisivamente: o primeiro, a serenidade emocional que advém de não se pensar em transferências que, não raro, obnubilam mesmo os espíritos mais estáveis; o segundo, a habitual mestria de Jorge Jesus que é o melhor treinador a extrair competências de jogadores.
Parte significativa deste Benfica deve-se à acção de Luisão. Capitão da equipa (depois da catadupa de capitães efémeros ou em fila de espera) transmite vigor nos relvados e respeito pela camisola que enverga. E até juventude, pois tal como ele disse há tempo sente-se «como um adolescente a desfrutar da profissão». A sua apurada forma exprime-se por, em muitos jogos, não cometer sequer uma falta, o que é obra para um defesa-central.
Não sei se Scolari o chamará para o Mundial, perante a abundância da escolha ao seu dispor. Mas que a sua notável forma o justifica, disso não há dúvidas.
Luisão jamais foi ilusão, palavra que, curiosamente, tem as mesma letras..."
Bagão Félix, in A Bola
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