"No dia de Natal, em Los Angeles, defrontaram-se os Lakers e os Heat, duas das mais sonantes marcas do basquetebol profissional norte-americano. No Stapples Center estiveram, a trabalhar, alguns dos desportistas mais bem pagos do planeta, de Pau Gasol e LeBron James, sem um queixume, uma lamúria que fosse por não terem tido o Natal que provavelmente gostariam. Contribuir para o sucesso da indústria do basquetebol é um imperativo e como ninguém quer, não digo matar, mas pelo menos pôr a dieta a galinha dos ovos de ouro, a solução é calçar os ténis e produzir um espectáculo de altíssimo nível para os consumidores que estão naquele dia particularmente disponíveis.
Na Premier League inglesa, ao contrário da NBA, não se jogou a 25 de Dezembro mas jogou-se a 26, no famoso boxing day. E houve grandes jogos, o mais fabuloso dos quais o Manchester City-Liverpool, que foi um verdadeiro banquete natalício de futebol. Estádios cheios, audiências televisivas tremendas (em todo o mundo), ou seja, os consumidores com altíssimo índice de satisfação.
Nos Estados Unidos e em Inglaterra a indústria do desporto é próspera também porque vai à procura da maior disponibilidade, física e financeira, dos adeptos. São, pois, bons modelos para serem seguidos. Por Portugal também.
Não digo que se jogue a 25 ou a 26 de Dezembro, por cá não há essa tradição. Mas dever-se-ia seguir o princípio de jogar quando é mais conveniente para quem vai aos estádios, dar espectáculo no dia e hora onde a disponibilidade de quem paga é maior.
E se esse princípio fosse seguido, a calendarização dos principais provas seria, por certo, muito diferente, bem como o formato das competições. Por isso é que uns têm e outros não..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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