"Compromissos europeus não condicionam encarnados na Liga.
Sem história, é o que se poderá dizer deste jogo em que o Benfica não deu a mínima hipótese ao seu adversário, um candidato à Europa, é verdade, mas a revelar sinais de maior irregularidade, que já o fizeram sair do "top 5" de que fez parte durante largo tempo neste campeonato. Se à quebra vilacondense juntarmos a excelente dinâmica da equipa de Jorge Jesus encontraremos a resposta para os 6-1 com que terminou o encontro.
Tentou o Rio Ave surpreender o Benfica, apresentando-se com uma linha defensiva reforçada com três centrais, de forma a suster o ímpeto atacante contrário. Mas tal expediente cedo deu mostras de inapropriado, já que a consequente inferioridade e fragilidade no miolo nunca chegou a ser compensada. A ideia do técnico visitante até era bastante razoável se da parte dos laterais de Vila do Conde tivesse havido maior participação e interacção com os outros sectores mais avançados. Mas não houve.
Desta forma, ao Benfica deparou-se maior espaço para a construção dos lances ofensivos e, portanto, um maior convite para toda a equipa jogar abertamente ao ataque. Não foi por acaso que, ao quarto de hora, o marcador já acusava 2-0, com dois golos de homens mais recuados (Melgarejo e Matic), a gozarem de amplas liberdades no terreno, e outras ocasiões ficassem por concretizar.
Um remate de Ukra à barra, numa das raras vezes em que o Rio Ave foi lá à frente com algum perigo, ainda podia ter posto água na fervura, mas, falhada a surtida, a ebulição foi inevitável, com Lima a fazer de acendalha e a contribuir para o elevar da temperatura no confronto. Três-a-zero ao intervalo era, pois, o resultado de um jogo já sentenciado e em que, lesão de Salvio à parte - incrível como Nivaldo não foi expulso -, tudo correra bem aos encarnados.
Perante o descalabro, o técnico Espírito Santo deu a mão à palmatória e rectificou o dispositivo à retaguarda, tirando o defesa Nivaldo e fazendo entrar Braga. O que ele não previu - já depois de um golo para cada lado, por Lima e Hassan - foi que a sua equipa ficasse reduzida a nove elementos, por expulsão de Wires e Edimar, o que, desde logo, reduziu, ou retirou mesmo, as probabilidades de discutir o jogo (embora uma autêntica agressão de Rodrigo também justificasse a exclusão).
Daí até final, só "deu" Benfica, naturalmente, se bem que, com Bebé em campo, o Rio Ave não tenha deixado de causar problemas. Mas, substituído este, o jogo passou a tender apenas para a baliza de Oblak, até chegar aos 6-1, com mais um golo de Lima, um "hat-trick", e outro de Enzo Perez. Uma fartura que se justificou pela maneira como o Benfica encarou desde o início o encontro, em contraste com o emperrar da máquina vilacondense, sobretudo na 1.ª parte."
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