"No sábado vai haver uma curiosa final de futebol. A da Taça da Liga. Coisa de somenos, diziam alguns até há pouco. Mas este ano é que é. Como diz a canção, tudo porque 'afinal havia outra'... Adaptando livremente a letra da canção de Mónica Sintra teremos um quase hino para esta taça:
Não vi as marcas da taça que o seu dedo me mostrava;
Só vi o seu olhar de metal, sem segredos, como água;
O que me diziam não ouvi, pois pensava ser maldade;
Acreditei só quando vi, com os meus olhos;
A verdade;
Afinal havia outra;
E sem nada saber, sorria;
E por ela andava louca;
P'ra ser sua vencedora, um dia;
Afinal havia outra;
Uma taça, um cabaz, uma asa;
Que era no fim de contas;
A taça das horas vagas;
Não quis saber da sua idade, p'ra quem joga pouca importa;
Ainda é a sua pouca vontade que eu passasse à sua porta;
Nem os encontros mais furtivos me puseram mais atento;
Só quando a via a olhos vistos, percebi;
Não estava certo.
Esta outra que já foi andrajosa e pejorativamente secundarizada através de vários epítetos é... a Taça da Liga. Ressuscitou, depois de quatro vitórias consecutivas do Benfica e de uma decisão de alto gabarito do Conselho de Justiça (CJ) da FPF. De desprezível passou agora a respeitável. Já não se vai dizer, como antes, «desta já estamos livres».
Como escreveu Camões: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança. Tomando sempre novas qualidades.
As qualidades da tacinha, neste caso. Da nova versão «Taça CJ», dirão alguns malevolamente. Com Mónica Sintra como sua musa inspiradora."
Bagão Félix, in A Bola
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