"O vencedor da Liga será provavelmente definido numa espécie de photo-finish. Benfica e Porto não descolam, jogam bem e com autoridade, cada qual no seu diferente modo de o fazer.
Os portistas - após a sua decepção do Braga-Benfica - apostam na recorrente quebra de rendimento do Benfica por estas alturas. Os benfiquistas desesperam por um percalço azul e branco que lhes permita ir ao Dragão com vantagem.
Fiquei preocupado com a sinceridade de J. Jesus no domingo: «Com (o mercado) Janeiro, o Benfica não ficou mais forte em nada.» Ao contrário, o Porto depois de Lucho em 2012, compra velharias que podem ser relíquias.
Tem-se falado sobre a possibilidade de desempate final por goal average, expressão inglesa que, todavia, quer dizer outra coisa: quociente entre golos marcados e sofridos.
O Benfica já perdeu para o Porto dois campeonatos pela diferença de golos: em 1959 e em 1978 (aqui sem ter perdido qualquer jogo). Hipótese que só importa se os resultados entre ambos forem iguais. Assim se o Benfica empatar no Porto por 2-2 (como o ano passado), a diferença total de golos pode ser decisiva. Por isso, não gostei de ver o Benfica contra o Setúbal, deixando correr, algo apático, satisfeito com 3 golos, sem atrevimento e avidez pela goleada ao alcance.
Por fim, continua a intrigar-me a moleza anestesiante, o conformismo da derrota por antecipação, a falta de autocarros de certos clubes sempre que jogam contra o Porto, e, ao invés, a sua genica, vontade de comer a relva, pujança e agressividade físicas sempre que têm o Benfica pela frente. Tudo uma questão de goal leverage..."
Bagão Félix, in A Bola
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