"Jorge Jesus entrou no relvado de Barcelos, onde estava obrigado a ganhar, com três estreantes absolutos na 1.ª Liga (Luisinho, André Gomes e Ola John). Isto define a coragem de um treinador.
Jesus faz no Benfica o que treinadores como Ferguson ou Mourinho fazem nos maiores clubes europeus: lançar novos valores em jogos de risco.
A grande diferença é que, enquanto os outros podem depois conservar as estrelas, o Benfica tem de as vender, por razões de sobrevivência económica.
Imagine-se o que seria se Jesus tivesse hoje à disposição Ramires, Di María, David Luiz, Javi García, Fábio Coentrão e Witsel. Aí, sim, poderia sonhar com uma final europeia.
Mas isto mostra que há agora no Benfica um rumo, uma orientação, o que só é possível com tempo e tranquilidade. Muito mais importante que conquistar um campeonato ou uma taça, é hoje consolidar esta estratégia.
Passando a notas individuais, Luisinho é um excelente jogador. Já tinha reparado nele: tecnicamente bom, seguro a defender, rápido a subir. André Gomes ainda não tem ritmo de 1.ª Liga, perdeu várias bolas em zona proibida, mas tem um invulgar sentido posicional. Está sempre no lugar certo. Ola John está muito verde. Pode jogar contra adversários macios, mas a alto nível é um risco enorme.
Lima é hoje o melhor avançado do Benfica. Disse-o quando ainda não era titular e tem-se visto. Uma nota triste: depois de S. Petersburgo, Rodrigo nunca mais foi o mesmo. Perdeu o seu principal trunfo, a capacidade de explosão, e é hoje um jogador quase vulgar. “Bruto” Alves deveria ter esse peso na consciência."
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