"Escrevo antes do jogo europeu do Benfica na Liga dos Campeões no Celtic Park. Naturalmente preocupado com a tradição e com a erradicação do eixo central benfiquista: Luisão castigado, Javi Garcia e Witsel transferidos e C. Martins lesionado.
Ainda tenho bem presente a moedinha ao ar com que, em 1969, o SLB foi afastado depois de recuperar de uma desvantagem de 3 golos na Escócia. Curioso é que sempre simpatizei com o Celtic e na disputa a dois com o rival Glasgow Rangers (GR) sempre torci pelos primeiros. Talvez pelo subconsciente religioso: católicos versus protestantes.
Este ano, o facto mais assinalável na liga escocesa, quase sempre dominada pelos dois clubes de Glasgow, foi o desaparecimento do Rangers.
Campeão escocês por 54 vezes, declarou falência após o fisco rejeitar o plano de viabilização face a uma dívida de cerca de 30 milhões de euros. Comprado por um empresário britânico, o clube mudou de nome (é agora 'The Rangers Football Club') e disputará a 4ª e última divisão.
Uma consequência de má gestão, défices crónicas, passivos descontrolados de um clube que, mesmo em período de retracção, prosseguiu em viver muito acima das suas possibilidades.
Sem o Old Firm (nome por que é conhecido o clássico Celtic-Rangers), a revista 'The Economist' estima que o desinteresse da Liga escocesa implicará uma brutal diminuição de receitas televisivas e de patrocínios, pois estes clubes eram responsáveis por mais de 60% do seu suporte. Assim se vê de como um clube faz perigar todos os outros. Celtic incluído. Uma (triste) lição a não esquecer. Lá e - preventivamente - cá."
Bagão Félix, in A Bola
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