"Costumo dividir os jogadores em quatro categorias: os artistas, sempre cobiçados; os sofríveis, sempre esforçados; os medíocres, sempre dispensáveis e os bons q.b., sempre estáveis.
Dos primeiros, há fartura de notícias e acontecimentos. Os medíocres e sofríveis vão-se na roldana da memória.
Sobram os bons q.b. . Aqueles que não são pródigos em maravilhas, mas que raramente são responsáveis por desaires. Aqueles que, só por si, não ganham jogos, mas que, na sua mediania segura e compassada, muito contribuem para ganhar campeonatos. Aqueles de quem não ouvimos a miríade de fabulosas cláusulas de rescisão, mas que permanecem no clube para além da placa giratória de jogadores-cometa que chegam, deslumbram e saem. Aqueles que dão estabilidade e limitam os danos de constantes reconstruções de plantéis.
Cito, a título de exemplo, dois jogadores do Benfica: Maxi Pereira e Bruno César. Suficientemente bons para terem lugar na equipa, mas não assim tão bons que sejam constantemente assediados por outros clubes e andem com a cabeça mergulhada na expectativa de... sair. Não dão mais-valias financeiras mas cimentam uma equipa.
P.S. 1: Saúdo a decisão da CMVM de pedir esclarecimentos sobre as transferências de Hulk e Witsel.
P.S. 2: Escreveu Rui Moreira que eu me dedicava à «técnica da equação» para questionar os valores de Hulk, e referiu que «aquilo que o FCP anunciou é que recebeu 40 M líquidos». Pois bem, prefiro a técnica da equação à técnica da (não) leitura. É que o comunicado portista fala de 40 M, sem mais. Ao invés, é o comunicado do SLB que refere os mesmos 40 M como valor líquido."
Bagão Félix, in A Bola
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