"O Euro do futebol absorvente até à medula das notícias e conversas quase fazia passar despercebido um outro Euro: o do Atletismo. Salvou-o in extremis uma atleta portuguesa, de seu nome Ana Dulce e minha homónima de apelido, Félix (que se diz Félis e não Féliks).
É grande o fosso entre o futebol-rei e a maioria das outras modalidades. Uma diferença injusta, em particular quando se trata do atletismo.
Além de um desporto belíssimo, o atletismo é o que dá mais sucessos à lusa pátria. Nos Jogos Olímpicos, nos Mundiais ao ar livre ou pista coberta, nos Europeus, nas taças europeias de corta-mato, temos um extenso rol de atletas exemplares e vencedores. Não há outro desporto com tal produção de medalhados e medalhadas. Não chegaria esta curta coluna para enumerar todos os seus nomes.
Desta vez, mesmo sem Nélson Évora, Naide Gomes e Jéssica Augusto e outros atletas lesionados, tivemos em Ana Dulce Félix, Patrícia Mamona e Sara Moreira, entre outros, os expoentes de um trabalho sério e dedicado.
Não há bandeiras nas janelas por causa destas atletas, nem programas de horas a fio a falar dos seus feitos. Prefere-se uma palermice de um qualquer craque ao enaltecimento do trabalho árduo e da persistência sem limites de atletas.
Vem aí os Jogos Olímpicos, o único evento onde o interesse e a beleza do atletismo superam a modorra do futebol falsamente olímpico. Vamos ter uma boa representação, também fruto de um inteligente trabalho da FPA superiormente dirigida por Fernando Mota.
E já agora, Dulce Félix, toda a força para a maratona! Até para ajudar a vencer a maratona deste nosso país em crise!"
Bagão Félix, in A Bola
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