"Telefonemas há que não gostamos de receber. 'O Eusébio foi internado', ouvi do outro lado da linha. Dois dias depois, as televisões deram a notícia com alvoroço, suscitando enorme alarme. Durante horas, os meus telefones não pararam de tocar. Amigo e biógrafo de Eusébio, por esse motivo reiteradamente solicitado, vi-me compelido a fazer as despesas de comunicação sobre o estado da maior referência da história do Benfica e do Futebol português.
Se dúvidas tivesse sobre a importância do grande Eusébio na vida nacional tê-las-ia dissipado naquele momento e nos dias subsequentes. A Comunicação Social, ávida de notícias, continuou a questionar-me amiúde, na expectativa de ouvir os meus comentários no rescaldo dos contactos que, dia a dia, fui estabelecendo com o meu ídolo da infância e da adolescência. Falar sobre o Eusébio às TV's, rádios, jornais, revistas e sites, a despeito da razão, foi algo que me gratificou.
Digo-o imodestamente. Digo-o, também, com a fortuna de saber que o problema foi debelado. Digo-o, ainda, com a convicção de saber que o trono do Futebol nacional continua e continuará ocupado na sua melhor expressão.
Para além de jornalistas, é irreproduzível, mercê da sua amplitude, a lista daqueles que me abordaram com o fito de se inteirarem do estado de saúde do Eusébio. António Simões, Manuel José, António Oliveira, Artur Jorge, Fernando Gomes, Manuel Fernandes, João Alves, Jaime Magalhães, Bernardino Pedroto, tantos e tantos mais. Também personalidades de outras áreas da sociedade, exemplos de Manuel Alegre, Paulo de Carvalho, Fernando Mendes, tantos e tantos mais.
Numa quadra específica, senti (ou será que aprendi?) que o Eusébio é mais importante para mim do que o Natal. Esta será, talvez, a homenagem que me faltava fazer-lhe."
João Malheiro, in O Benfica
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