"From: Domingos Amaral
To: Pablo Aimar
Caro Pablo Aimar
Há vinte e tal anos, em Cascais, havia um bar onde eu e os meus amigos costumávamos ir. Noite fora, jogava-se e bebia-se, e as sempre bem regadas conversas costumavam descambar em fortes polémicas. Então, no meio da algazarra, vinda de um canto do bar ouvia-se a voz rouca de um cinquentão bêbado que, para desempatar qualquer celeuma, vociferava: “O importante é metê-la lá dentro!” Fosse o tema das refregas o sexo ou o futebol (eram sempre esses os temas), e fosse qual fosse o pomo da discórdia, o velho alcoólico urrava sempre a mesma máxima: o importante era metê-la lá dentro!
Diz-se que há uma verdade profunda nas palavras dos bêbados e de facto, no final de qualquer jogo, só contam as que se conseguem “meter lá dentro”. Por exemplo, em Manchester, Ferguson apelidou o encontro de “cruel”, defendendo que a sua equipa merecia mais do que o empate. Pois. Mas tu, caro Pablito, “meteste-a lá dentro”, fizeste o 2-2 e saímos de lá apurados.
Contra o Sporting também ajudaste, marcaste o canto e o Javi “meteu-a lá dentro”. O Sporting jogou bem, andou por ali às voltas mas… É como no sexo: é bom abraçar um rabo, beijar uma boca, apalpar uma maminha mas… “o importante é metê-la lá dentro”. O Sporting entusiasmou-se, roçou-se muito, mas a verdade é que não a “meteu lá dentro” nem uma vez.
Claro que tem dias que também são os outros a “metê-la”. Na Madeira, entraste tarde e a más horas, já o Marítimo nos tinha “metido” duas lá dentro. Tiveste duas boas oportunidades mas não a “meteste” lá dentro e fomos à vida na Taça. É assim a vida. Quem mete, mete, quem não mete bate palmas."
To: Pablo Aimar
Caro Pablo Aimar
Há vinte e tal anos, em Cascais, havia um bar onde eu e os meus amigos costumávamos ir. Noite fora, jogava-se e bebia-se, e as sempre bem regadas conversas costumavam descambar em fortes polémicas. Então, no meio da algazarra, vinda de um canto do bar ouvia-se a voz rouca de um cinquentão bêbado que, para desempatar qualquer celeuma, vociferava: “O importante é metê-la lá dentro!” Fosse o tema das refregas o sexo ou o futebol (eram sempre esses os temas), e fosse qual fosse o pomo da discórdia, o velho alcoólico urrava sempre a mesma máxima: o importante era metê-la lá dentro!
Diz-se que há uma verdade profunda nas palavras dos bêbados e de facto, no final de qualquer jogo, só contam as que se conseguem “meter lá dentro”. Por exemplo, em Manchester, Ferguson apelidou o encontro de “cruel”, defendendo que a sua equipa merecia mais do que o empate. Pois. Mas tu, caro Pablito, “meteste-a lá dentro”, fizeste o 2-2 e saímos de lá apurados.
Contra o Sporting também ajudaste, marcaste o canto e o Javi “meteu-a lá dentro”. O Sporting jogou bem, andou por ali às voltas mas… É como no sexo: é bom abraçar um rabo, beijar uma boca, apalpar uma maminha mas… “o importante é metê-la lá dentro”. O Sporting entusiasmou-se, roçou-se muito, mas a verdade é que não a “meteu lá dentro” nem uma vez.
Claro que tem dias que também são os outros a “metê-la”. Na Madeira, entraste tarde e a más horas, já o Marítimo nos tinha “metido” duas lá dentro. Tiveste duas boas oportunidades mas não a “meteste” lá dentro e fomos à vida na Taça. É assim a vida. Quem mete, mete, quem não mete bate palmas."
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