"Não eram necessários dotes divinatórios, nem poderes extrassensoriais, para admitir que o Estádio da Luz iria pegar fogo. O ambiente desportivo foi o doutras épocas, com resultado imprevisível até ao derradeiro minuto. Nem o Benfica deslumbrou, nem o Sporting se acabrunhou como os desígnios deixavam a adivinhar. Temos campeonato a três ou a quatro, caso se perceba exatamente o que quis dizer Leonardo Jardim após a derrota com o Porto.
Depois de perder por 3-2, e de colocar apenas nos últimos minutos os jogadores que estabeleceram a diferença, o madeirense justificou o desempenho da equipa com um “faço o meu trabalho dentro daquilo que posso”. Depois do susto que pregou ao campeão nacional, mas somente a um quarto de hora do fim, pôs-se a jeito de todas as suposições.
Ainda tarda entender o que se passa com a condição física do plantel do Sporting. É exagerado o número de lesionados que condicionam a ambição de Domingos para os diversos compromissos, ainda todos, em que o clube está envolvido.
Regressemos ao dérbi de sempre. As medidas de segurança impostas pelo Benfica vieram a revelar-se insuficientes e incapazes de dominar aquelas criaturas que me recuso a admitir como adeptos do Sporting. Não são incendiários, arruaceiros, neonazis e agressores de bombeiros que a direção do Sporting defende, quero crer. Bastava ter optado por dialogar, em vez de se indignar, para criar as pontes com os responsáveis pelos encarnados, que aparentavam uma era de entendimento, ainda recentemente observada na gala da Confederação do Desporto de Portugal.
Aliás, a gritaria no túnel dos balneários da Luz – outra vez no mesmo sítio – de Luís Filipe Vieira a vociferar com Luís Duque, a propósito da arbitragem, denotam a paz hipócrita em que vivem os dois emblemas de Lisboa. Os dois de Lisboa? Todos. Dirigentes que teimam em governar os seus clubes como se os adversários fossem alvos a abater, e menos como um parceiro neste negócio em falência iminente.
Ainda esta semana foi destaque no “Diário de Notícias” os subsídios – salários??? – das modalidades amadoras do Porto. Com o desempenho tão irregular da equipa de futebol pergunto se também o futebol foi atingido por esta praga?
Talvez tal justifique o nervosismo que levou Pinto da Costa ao aperto verbal ao jornalista Valdemar Duarte, e consequente agressão física, por outros, após o FC Porto-Braga. Realmente é insuportável aguentar uma época com um plantel avaliado em 125 milhões de euros, fora da Taça de Portugal e com a Liga dos Campeões em risco.
Afinal, há cadeiras a arder em todos os estádios, e os Neros cantam e tocam, inconscientemente, a sua lira."
Este gajo está a por-se a jeito! o gajo não vive e trabalha no Porto (Sicilia)?
ResponderEliminarSim, trabalha por lá... mas até à pouco tempo, era meu vizinho(!!!), vivia no meu concelho, mais exactamente na Estrada da 'Califórnia'(!!!), alcunha do lugar!!! Curiosamente a freguesia em causa também tem uma alcunha: Cuba!!! Estranha mistura!!!
ResponderEliminarAbraços