"Façam o que entenderem, reajam como mais vos aprouver, façam ouvir as vossas vozes como considerarem mais oportuno mas dificilmente conseguirei acreditar que haja entre vós alguém a crer na imparcialidade após ver o último jogo do campeonato, realizado no estádio do outro lado da 2ª Circular. Depois do Dragão deslocámo-nos a Alvalade e em ambos os encontros vencemos por dois golos contra nenhum dos nossos adversários. Nas duas partidas ficámos com 10 homens em campo contra 11. Se nos concentrarmos no jogo frente ao Sporting, foi de tal forma evidente a dualidade de critérios que sobram razões para ficarmos preocupados. Sem querer levantar falsas suspeitas, porque não gosto de alimentar polémicas, muito menos após uma vitória incontestável, gostava de alertar os leitores para o estranho número de cartões amarelos atribuídos aos efectivos do Sport Lisboa e Benfica: cinco amarelos e um vermelho contra três amarelos para os sportinguistas.
Mas onde é que se pode encontrar justificação para tamanha discrepância? Houve violência gratuita de um lado e conduta pacífica do outro? E como explicar o cartão para Gaitán, ao abordar o árbitro, quando Cristiano faz bem pior ao fiscal de linha e nem uma advertência verbal levou? E o segundo amarelo para Pedro Mendes e a ordem de expulsão para Maniche? Há missões, de tal forma ostensivas, que quem as cumpre não se importa com a vergonha pública. Mostra claramente ao que vem, exibe despuradamente as ínsignias da autoridade e até não poder mais faz o que é suposto. Azar, azar ter que se curvar perante a superioridade dos comandados de Jorge Jesus. Contas feitas, somámos mais três pontos e mantivemos sobre pressão o actual líder da primeira Liga. Continuamos a ser os que jogamos melhor e somamos triunfos consecutivos, sem mácula nem contestação. O Benfica tem razões para estar confiante, o Porto sabe que não terá sossego até ao final."
Ricardo Palacin, in O Benfica
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