"Já por mais de uma vez, expressei nas páginas do nosso jornal, que o único laço que me une ao Benfica, é apenas e só, o próprio Benfica. Também não sou ingrato, para com os demais benfiquistas, que ajudaram ou ajudam a engrandecer o Clube, mas não alimento, nem alimentarei egos externos ou internos, sejam eles contínuos ou passageiros. E, afinal, passageiros somos todos. Eterno só o Benfica. Esta identidade, colectiva que está acima de caudilhos, heróis ou oportunistas. Acredito nos que se preocupam mais com o que podem das ao Benfica, do que com aquilo que o Benfica lhes pode dar.
Nunca fomos um clube 'Sebastiânico', preguiçoso, por isso, não vai ser agora num momento de grande sofrimento desportivo, apesar de várias adulterações já feitas à nossa história secular, que nos afastaremos da nobre tradição e divisa: E PLURIBUS UNUM.
Temos de estar unidos como nunca. Unidos como Cosme Damião, Ribeiro dos Reis, Bermudes, Bogalho, Borges Coutinho e tantos outros preconizaram. Com espírito de missão e não espírito de missiva. E quando digo, unidos como nunca, não é estarmos unidos à volta de um homem, de um D. Sebastião que nos vem salvar e redimir das nossas próprias culpas. A culpa não deve morrer solteira, mas todos temos obrigação de 'casar' com ela e não de sacudir a 'água do capote' e empurrar para cima dos outros uma culpa colectiva.
É nas horas más, que se vê a grandeza. Das pessoas e dos clubes. E o nosso é o Maior. Façamos o culto dos valores do Benfica e não de pessoas. Pois se, o nosso fundador mais famoso era órfão de pai, o 'Glorioso' SPORT LISBOA E BENFICA, ao contra´rio de outros, jamais será órfão de um caudilho."
António Melo, in O Benfica
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