"Sou benfiquista para o melhor e para o pior, para as alegrias e para as tristezas. E, portanto, foi como benfiquista - habituado a ganhar mas que também aprendi a perder - que me entristeceu a pesada derrota no Porto porque, desta vez, merecemos perder. Não foram os erros do árbitro - que os houve - nem a brutalidade ou faltas arrancadas a ferros pelo adversário - que foram muitas e algumas decisivas - que justificaram a pesada derrota de domingo passado. O Benfica perdeu por culpa própria- Há que dizê-lo, pois de nada serve enterrar a cabeça na areia. E a única maneira do Benfica ser forte é reconhecer as suas fraquezas, aprender com os erros, emendar a mão quando falha.
Uma derrota no Porto não é nada que afaste o Benfica dos seus objectivos, como se viu no ano passado. Mas o Benfica saiu do campo com uma equipa condicionada por castigos para as próximas jornadas. Ou seja, o Benfica poderá ter perdido mais do que um simples jogo num desafio em que entrou mal e - depois de um período de algum equilíbrio - saiu ainda pior.
Apesar de considerar que desta vez o árbitro não teve influência no resultado, há uma atitude de Pedro Proença que não pode passar sem referência. Falo da benevolência e até dos sorrisinhos, que as câmaras de TV registaram, com que o árbitro tomou conhecimento da saraivada de bolas de golfe que atingiu a zona da baliza - e algumas o guarda-redes Roberto - antes do início da segunda parte. E aqui estarei para ver o que acontece, face à apreciação do árbitro e do delegado da Liga, ao estádio do clube onde agressões desse tipo a uma equipa adversária se sucedem impunemente.
Quando ao Benfica, a mais urgente e necessária vitória será longe da nossa vista, no balneário."
João Paulo Guerra, in O Benfica
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