"A actualidade benfiquista tem provocado uma atmosfera emocional em alta. Candidato à revalidação do título nacional, objectivo proclamado sem sofismas, o Benfica vive um início de época atribulado por razões que lhe são laterais. Três desempenhos de outras tantas equipas de juízes(?) conseguiram garantir ao Clube um recorde negativo em cerca de oitenta edições da prova maior do association lusitano. Tratou-se do pior arranque de sempre, ademais numa altura em que a equipa possui um dos melhores quadros de jogadores, no mínimo do seu recente historial.
Paradoxalmente, a temporada 2010/2011 assinala a passagem de 50 anos sobre duas datas de expressão lendária. No próximo dia 17 de Dezembro, faz meio século que Eusébio aterrou em Lisboa no começo de um sonho que dilatou a alma do povo vermelho. Em Maio próximo, é altura de assinalar o 50º aniversário do triunfo da Taça dos Clubes Campeões Europeus, oportunidades para rever, com veneração incontida, a mais belas das pinturas do século benfiquista, aquela imagem imortal de José Águas a erguer o troféu ao céu da felicidade rubra.
Com dimensão nacional nos seus próprios países, com mais de 10 milhões de adeptos espalhados pelos cinco continentes, com um histórico recheado de triunfos, há apenas sete clubes míticos no mundo. A saber: BENFICA, Real Madrid, Juventus, Bayern de Munique, Manchester United, Flamengo e Boca Juniors.
Existiu uma ideia, existiu um sonho. Existe uma história, existe uma mística. Não se espezinha um clube, com verdade centenária, não se espezinha um clube com dimensão planetária. As sentinelas vermelhas estão alerta. Com a furiosa razão da Justiça."
João Malheiro, in O Benfica
Grande Malheiro.
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