"O Benfica que recomeçar do zero e esteve a trabalhar para Roger Schmidt que não se pode queixar
O Benfica quer fazer reset. Das palavras de Rui Costa às de Roger Schmidt entende-se que na Luz todos queiram deixar 2023/24 onde está: no passado. Não será bem assim na realidade, pois presidente e treinador não vão convencer toda a gente. Mas há coisas no discurso de Schmidt que vale a pena analisar. Por exemplo: o treinador falou com Toni, um homem que sabe tudo do Benfica. Do campo, do treino, do dirigismo. Se há personalidade que conhece o clube desde os anos 60, que conhece as histórias dentro da História, que celebrou com os adeptos e sofreu com eles, esse homem é António José da Conceição Oliveira. Não é à toa que lhe chamam Toni 'do Benfica'. Portanto, foi uma conversa entre um homem que sabia tudo do clube da Luz e outro que ainda anda a entendê-lo. Nesse aspeto, Toni é o professor perfeito.
Roger Schmidt admitiu, às páginas tantas. «Acho que para mim foi importante passar por esta situação, porque se se quer mesmo entender o Benfica há que passar pelos bons momentos, mas também pelos momentos mais difíceis.» Toni ensinar-lhe-ia isso em dois minutos com um episódio do passado... Ainda assim, as palavras de Schmidt dão a entender que o treinador aprendeu alguma coisa, nem que seja para, eventualmente, falar de um outro modo com os adeptos - o que não quer dizer que não tivesse a sua razão no final da época passada.
Este é um primeiro passo dos encarnados para reconectar Schmidt e adeptos. Apesar de serem os resultados, e a qualidade de futebol jogado, que vão fazer a diferença, é preciso abrir caminho à paz. Ou, pelo menos, dar o benefício da dúvida ao responsável técnico. Ora, o que sai das palavras de Roger Schmidt também é que já lhe deram qualquer coisa para 2024/25. Nas palavras do treinador, o Benfica foi ao mercado e bem. Claro que é cedo para perceber se Pavlidis, Leandro Barreiro ou Jan-Niklas Beste vão render na equipa, mas pelo menos as declarações do técnico vinculam-no às decisões tomadas até agora.
Pelo que disse a Toni, Roger Schmidt não se pode queixar. Pelo que lhe afirmou de Di María, que continuará de encarnado, muito menos. Cabe-lhe, agora, fazer a gestão do plantel à disposição. E, talvez, também aí tivesse alguma coisa a falar com Toni, que naquele 14 de maio de 1994, no José Alvalade, tomou uma decisão e deixou Rui Costa no banco."
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