"1. No domingo, pelas 20:30, em Famalicão, vai o Benfica entrar em campo para cumprir com a antepenúltima jornada do campeonato nacional de futebol. 'Cumprir', no Benfica, não é cumprir o calendário, é ganhar. Não poderia a palavra ter outro significado. Cumprir é ganhar, e ganhar é cumprir, qualquer que seja a posição de uma nossa equipa na tabela classificativa e qualquer que seja a modalidade e o escalão da prova.
2. No ainda corrente edição da Liga de 2023/2024 não nos agrada - como nos poderia jamais agradar um 2.º lugar? - classificação do Benfica quando faltam três jornadas por disputar. Mas o Benfica não se rende. Ou, melhor, os benfiquistas não se rendem e por isso esgotaram num ápice os bilhetes colocados à disposição para os adeptos da equipa visitante, isto é, para as nossos. Assim, em Famalicão, haverá Benfica em campo e Benfica nas bancadas porque é já amanhã.
3. O FC Porto mudou de presidente ao cabo de 42 anos da presidência agora deposta. Presume-se, naturalmente, que esta revolução terá impacto no futebol português. A menos que o treinador do FC Porto, cujo contrato foi prolongado por quatro anos na antevéspera do ato eleitoral, e o presidente deposto propriamente dito se amotinem contra o veredito dos sócios e 'desviem' a equipa de futebol para as matas de Santa Cruz do Bispo, que foi, justamente, o que aconteceu em 1980, quando Américo de Sá venceu as eleições no FC Porto e, de um momento para outro, ficou sem jogadores e sem treinador.
4. Assim nasceria mais tarde um regime que, durante 42 anos, dominou todas as instâncias do futebol português, das mais altas instâncias às mais baixas instâncias, sendo que as mais baixas se revelaram, de facto, baixíssimas.
5. Acontece que o diretor de comunicação do FC Porto agora deposto tem a indemnizar o Benfica em 523 mil euros por danos patrimoniais emergentes e em 1,4 milhões de euros por danos não emergentes em função da sentença do tribunal que julgou o caso do roubo, manipulação e divulgação do correio eletrônico do Benfica. Com o colapso do regime que sustentou Francisco J. Marques, deve o Benfica persistir em fazer-se ressarcir, não venha a atual gerência dizer que não tem nada que ver com o assunto.
6. A questão, na realidade, é esta: quem vai pagar ao Benfica a indemnização, é esta: quem vai pagar ao Benfica a indemnização a que tem direito pelas ações criminosas, assim a justiça o entendeu, de Francisco J. Marques? Será o próprio Marques, ou será o próprio FC Porto?
7. No último sábado, no Estádio da Luz, os adeptos do Benfica presentes, e eram 55 mil nas bancadas, responderam em coro a uma revoada de tochas atiradas para o relvado quando o Benfica perdia por 0-1 com o SC Braga. Os benfiquistas, em coro, deram a sua opinião sobre a matéria. E o Benfica ganhou o jogo da reviravolta. Cumprir é ganhar."
Leonor Pinhão, in O Benfica
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