"Depois de uma paragem de três longas semanas, eis o regresso da prova maior do futebol nacional.
O compromisso do Benfica é amanhã (sábado, 28) na Luz, diante do Casa Pia, equipa do meio da tabela, mas que certamente nos irá (tentar) criar dificuldades.
Já se sabe como é o futebol português, e qual é a estratégia deste tipo de equipas para este tipo de jogos: colocar o autocarro em frente da baliza, tentar bloquear os pontos fortes do adversário (neste caso, o Benfica), esperar pela desinspiração dos principais artistas, e fazer com que o tempo passe tão depressa quanto possível, reduzindo ao mínimo os minutos jogáveis - contando para isso com a complacência dos árbitros.
A fórmula para ultrapassar estes problemas também é clara: marcar cedo, obrigando-os assim a abrir as cancelas e a fazer fluir o jogo. Quando isso acontece, as coisas tornam-se bem mais fáceis. Quando facilitamos no início e deixamos o tempo passar, o nervosismo adensa-se no campo e nas bancadas, o relógio começa a bater mais rapidamente, do lado de lá a confiança cresce, e o risco de alguma coisa correr mal acentua-se.
É uma tipologia de jogo que não vejo em mais nenhuma das principais ligas europeias. Mas em Portugal, à custa de jogadores medíocres, treinadores espertalhões e árbitros complacentes, tem feito o seu caminho, muitas vezes com sucesso. E a verdade é que três quartos dos clubes da primeira divisão que nos visitam fazem pouco mais do que isso.
Com mais de um ano de futebol português, Roger Schmidt já sabe onde está e o que o espera neste tipo de partidas. E tem encontrado antídotos que nos fizeram chegar ao título, na época passada, e ganhar 7 jogos em 8, já na corrente temporada.
Amanhã, também encontraremos, com certeza, o caminho da vitória. Sobretudo se entramos fortes desde o primeiro instante."
Luís Fialho, in O Benfica
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