"Fernando Santos assistiu, Roger Schmidt sorriu e a Luz aplaudiu. Com a efusiva maioria de pé, acarinhou o filho, ora bem-amado, ora mal-amado, que optou por se vestir apenas de encarnado.
Talvez nem mesmo o principal roteirista de Hollywood ou maior guionista da Netflix seria capaz de escrever os capítulos vividos por Rafa na vitória do Benfica por 4-3 em cima da Juventus na Liga dos Campeões.
Exibição de mão cheia, montanha-russa de emoções. Lances de efeito, velocidade, inquietação e inteligência de sobra para confundir os marcadores. Fez os (cada vez mais irreconhecíveis) italianos de gato e sapato.
Marcou dois gols de pura habilidade. Correu para o abraço. Perdeu outros dois que por muito pouco não fizeram falta. Flertou com fracasso. Nada, no entanto, que tenha assombrado uma noite especial.
Foi um resumo quase perfeito do que tem sido a trajetória de águia ao peito, tendo chegado com o peso de contratação mais cara de sempre do futebol nacional. Da água para o vinho, do céu para o inferno.
Depois de diversos altos e baixos, aparenta ter ligado de vez o interruptor. Vive hoje o ponto máximo no clube que representa desde 2016. Muito mérito de um certo alemão sisudo que sabe bem o que fazer no tal de futebol.
Com todo o respeito e guardadas as devidas comparações, um senhor exemplo de filosofia de jogo para um velho conhecido de profissão, que, curiosamente, já não pode mais contar com o melhor português neste momento a jogar em Portugal.
Obras do destino. Decisões tomadas que merecem ser respeitadas. Um dia, quem sabe um dia, a verdade venha à tona."
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