"Que estreia do avançado ucraniano. “Expulsa” o guardião adversário, num lance bem bizarro, cria o primeiro golo do jogo, e marca o segundo. Pelo meio, ao longo de toda a primeira parte foi aparecendo em lances prometedores aos quais chegou pela sua superior leitura das situações. Alguns perdeu por não ser tecnicamente um jogador refinado. Promete não precisar de tal para deixar marca. Intuição e Finalização de quem não poderia ter estreia melhor.
Estava difícil entrar em Ataque posicional contra o 5x4x0 – Desbloqueou o jogo em Transição – Superior definição de J. Mário e Yaremchuk no golo de Luca
O jogo iniciou-se com um Benfica dominante e controlador – Desta feita organizado num 4x4x2, que permitiu colocar mais gente em zona de criação – Everton, Luca, Roman e Pizzi, mais a chegada de Gil Dias e Gilberto – e com João Mário uma vez mais a assumir protagonismo no ataque posicional. Em cobertura (atrás da linha da bola) quando a bola chegava a zonas altas, foi sendo opção para receber e ligar os diferentes corredores. Nas suas costas, Meité controlou possíveis saídas adversárias. Ora caindo em cima de quem podia ser referência, ora ganhando duelos.
Contudo, foi bem cedo que a história se começou a definir. Com a expulsão do guarda redes do Arouca, se o jogo já havia prometido toada única, quase ficou sentenciado.
Contra 10, João Mário saltou uma estação e incorporou-se na frente de ataque, mesmo que com liberdade para oscilar entre diferentes espaços entre sectores.
João Mário a saltar entre diferentes espaços, forçando igualdade numérica sobre a numerosa linha defensiva adversária
A numerosa organização adversária foi dificultando o processo criativo do Benfica, e quando o Arouca finalmente saiu de trás, abriram-se os espaços em Transição para a equipa de Jesus se adiantar, e a partir daí a única dúvida passou a ser perceber por quantos venceria um Benfica que vai crescendo no processo e na confiança.
Superioridade numérica em cima dos 5 defesas do Arouca
A segunda parte trouxe um Arouca com maiores dificuldades para controlar o processo criativo do Benfica, e as ocasiões foram-se sucedendo. A entrada de Rafa, Ramos e Taarabt com o jogo sentenciado, e o Arouca sem condições de colocar dificuldades à construção de Otamendi e Morato, vieram trazer velocidade às combinações ofensivas. Para lá de mandão, passou a criar com maior facilidade. A própria opção de saída do Arouca proporcionou momentos óptimos para os encarnados roubarem bolas em zona alta, e procurarem acelerar contra uma equipa ainda a fechar-se.
Somente as várias perdidas na finalização impediram a águia de sorrir mais. E algumas das quais seriam imperdoáveis, não tivessem os três pontos assegurados. O volume de criação na etapa complementar deixou o Benfica com amargo de ficar a dever a si próprio um resultado bem mais avolumado.
Homem do Jogo
Roman Yaremchuk
Foi o homem que desbloqueou todo o jogo. Esteve nos três lances capitais na definição do resultado e da toada da partida. Contornou o guardião obrigando-o a “expulsar-se” para impedir o golo do avançado, serviu Luca para o primeiro num lance que definiu com qualidade imensa, e marcou com a simplicidade que se lhe reconhece o golo que sentenciou definitivamente as aspirações do Arouca."
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