"A primeira parte do Benfica foi uma tremenda desilusão mesmo tendo saído para o intervalo em vantagem. Sem conseguir somar boas acções consecutivas, somou erros atrás de erros técnicos, com isso perdeu bolas, não se instalou no meio campo adversário nem foi capaz de criar em ataque posicional.
Sem uma única boa exibição do ponto de vista individual – Otamendi a única excepção – Baixaria o nível para acompanhar o dos colegas na segunda parte – e sem resguardo no processo colectivo – Jesus menosprezou a potencial valia do Farense, é a única explicação para uma vez mais apresentar um oito que não tem capacidade de recuperação da posse. Pizzi teve chegada à frente, marcou o golo da vitória, ainda teve bons recortes técnicos – entre muitas perdas com passes para fora – mas sem conseguir tirar a bola a ninguém, e ainda sendo constantemente driblado numa posição determinante para que se possa poder assumir o jogo, e roubar a posse para a guardar não pode ocupar tal espaço.
Mas o médio foi também vítima do péssimo jogo dos homens da frente. Se não tivessem errado sistematicamente, teria tido um jogo com menos momentos para defender. De menor exposição ao que é menos capaz.
Everton teve um a nível verdadeiramente lastimável – não somou qualquer desequilíbrio e ainda decidiu quase sempre mal, e Rafa Silva exceptuando pequenos lances em que acelerou não esteve muito melhor – Sempre a soltar a bola sem qualquer critério, quer no tempo quer no para o espaço. Os mais adiantados Darwin e Luca viram-se forçados a um jogo quase sem bola – o Uruguaio só deu 24 toques, num total de 10 passes (7 certos), e o alemão ficou-se pelos 18 toques e 15 passes (Somente 10 certos) – e não foram capazes de acrescentar nas poucas ocasiões em que esta chegou. A decisão de Darwin em oferecer o golo a Seferovic depois de ultrapassar o defesa, e o movimento sem bola de Luca no golo de Pizzi foi o que de melhor fizeram na partida. Pouco.
Benfica instalado em Ataque Posicional foi quase uma miragem
Ritmo baixo, desplicência, pressão sem funcionar e um Farense muito limitado individualmente marcou, quase fez o segundo e pelo meio viu Gauld falhar dois penaltys.
Organização Defensiva vista em poucos períodos – Maioritariamente SLB estendido a tentar pressionar, mas sem conseguir recuperar a bolas de forma sistemática
Uma exibição paupérrima ainda marcada pelos erros de Otamendi, e pela presença dos dois laterais sem capacidade de criação – Grimaldo desmentiu-o uma vez, quando encontrou Seferovic para o segundo golo, e que acabou por ser salva (a exibição) pelo resultado final e pelas entradas felizes de Seferovic e Pedrinho.
Darwin assiste Seferovic depois de driblar o central algarvio
Nota Final: para um Farense de Sérgio Vieira sempre bem organizado, a mostrar-se bem competitivo muito mais pela qualidade do seu processo de trabalho do que pelo nível apenas razoável das suas individualidades."
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