"1. Está para nascer o treinador de futebol que seja sempre e totalmente coerente. É fácil, portanto, apanhar qualquer um deles em falso, sobretudo quando o tema é arbitragem. O ataque de Sérgio Conceição a Rui Vitória passou dos limites. Se Conceição tivesse um boneco igual ao do filho, seguramente que já tinha estragado a tecla do modo agressivo.
2. O Sporting pode fazer história ao conquistar, numa só época, seis títulos de campeão nacional de futebol. Um no campo, se ganhar a corrida, e cinco na secretaria (quatro com a conversão de Taças de Portugal em Campeonatos e mais um pela perda do título do Benfica em 2015/16 por corrupção). É obra. A isto se chama recuperar o tempo perdido.
3. Não é por acaso que lhe chamam Gabogol e não Gabigols. Dez jogos e um golo pelo Inter de Milão, cinco jogos e um golo pelo Benfica. Está certo.
4. Cada treinador puxa a brasa à sua sardinha no final dos jogos, faz parte. Às vezes até parece que não viram o mesmo filme, ok, lá se aceita. Mas o discurso de Jorge Jesus após o derby (já tinha levado um banho de bola do FC Porto), confundindo um filme de Tarantino com o Música no Coração, foi tão absurdo como a actuação de Fábio Coentrão no teatro das cartolinas. Ai se fosse Rui Vitória.
5. Jogos às 21 horas ou mais (um derby então...) seja em dia de semana ou mesmo ao fim de semana, fazem tanto sentido como usar gola alta numa praia de nudismo. Tenham vergonha na cara.
6. O Sporting tem sido, neste Campeonato, a equipa com mais estrelinha e com maior investimento (junta-se a obsessão de Jesus por compras com a obsessão de BdC pelo sucesso), pelo que, no final, em caso de insucesso, só há um réu: Jesus. Os deuses e a Direcção estão ilibados.
7. Ouvir qualquer responsável dos três grandes acusar um dos rivais (ou ambos) de coacção é tão ridículo como continuar a chamar novo Pelé a Freddy Adu."
Gonçalo Guimarães, in A Bola
PS: O artigo estava excelente, mas o último ponto borrou a pintura! Comparar a postura oficial do Benfica, com os outros dois, é completamente absurdo...
Não foi só o último ponto. No ponto 2, ao pôr a hipótese de o Benfica ser condenado por corrupção, já tinha borrado, fortemente, toda a pintura.
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