Dois jogos diferentes, de graus de dificuldade também desiguais.
A selecção dos Estados Unidos mais organizada e competente do que a da Arábia Saudita, um Portugal mais desgarrado e desligado também no segundo jogo, o de Leiria.
Do 4x4x2 para o 4x3x3, de um futebol mais apoiado e com mais critério na definição, com Bernardo Silva e João Mário nos flancos, para outro de roturas e vertigem a partir de Gelson Martins e Bruma. A mudança foi grande de um jogo para outro, e a vários níveis.
Entre os menos consolidados até aqui, há três nomes que ganham alguma força, na sequência dos dois encontros de preparação.
Desde logo, Manuel Fernandes, num regresso cinco anos depois e já com 31 no cartão de cidadão. O médio do Lokomotiv Moscovo, apesar de aqui e ali parecer menos agressivo e menos reactivo à perda da bola, foi um farol de discernimento com esta nos pés, e mostrou ser opção válida para o que aí vem, caso Fernando Santos assim o entenda.
Gonçalo Guedes transpôs para o contexto Selecção o que de muito bom tem feito no Valência. É verdade que às vezes quer ser ainda mais rápido e mais irrequieto do que o jogo aconselha, mas, mesmo isolado na frente, num cenário que está longe de ser o que mais lhe convém, conseguiu provocar problemas aos defesas contrários. Quanto encontrar o equilíbrio que ainda procura será ainda mais determinante. Por ser um jogador diferente dos demais, não só pela dinâmica e potência de arranque, como também pela facilidade de remate a várias distâncias, o seu nome terá ganhado certamente força para a altura das decisões.
Naquela que, hoje em dia, parece ser a posição com maior concorrência da Selecção, a de lateral-direito, Ricardo Pereira aproveitou bem a oportunidade. O portista jogou os mesmos 45 minutos que Cancelo esteve em campo, e metade dos 90 de Nélson Semedo frente aos norte-americanos. Participou activamente e assistiu para o segundo golo frente aos sauditas e recuperou terreno para a concorrência: Cédric, que não foi chamado; Cancelo, que somou apenas 43 minutos pelo Inter esta temporada; e Nélson Semedo, ainda longe de conseguir replicar pelo seu país o muito que assinou pelo Benfica e mesmo já ao serviço do Barcelona.
O seleccionador garante que não foi um teste, e há muita mais qualidade do que aquela que estes três nomes encerram, mas para já o palco foi deles."
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