"Vivemos num tempo manietado pelo efémero, fugaz, repentino, vulgar, acessório. As notícias, em geral, e as redes sociais reflectem esse lado dito mais mediático, mas também mais descartável das pessoas, instituições e sociedades. Talvez pelo cansaço a que me leva este modo de se dar mais relevo ao que não tem importância face ao que transporta mais significado, gosto de parar e pensar em notícias, ainda que escassas, assinalando que ainda há princípios e atitudes a reter.
Vem isto a propósito do que li em A Bola de quinta-feira, 8 de Junho. Com o título Liverpool pode desculpa, conta-se a situação gerada à volta de um central holandês do Southampton Virgil Van Dijk. É que o Liverpool assediou o referido jogador sem, previamente, ter feito qualquer contacto com o seu actual clube, ao qual está contratualmente vinculado até 2022. «Pedimos desculpa ao dono, direcção e adeptos do Southamptom por qualquer mal-entendido acerca de Van Dijk. Respeitamos a posição deste clube e podemos confirmar que terminou qualquer interesse ao jogador», assim a Liverpool emendou em comunicado a sua anterior atitude, ética e contratualmente incorrecta. Isto foi em Inglaterra. Como lá foi, por exemplo, há anos, o pedido do Arsenal para repetir um jogo que havia ganho com um golo ilegal.
E por cá? É o que se vê e prevê. Com jogos e jogadores e treinadores. Sem se perceber que, a prazo, todos perdem. Para lá da competição dura e sem tréguas dentro das quatro linhas, há linhas vermelhas que não se devem ultrapassar. Não só as que estão previstas na lei e nos regulamentos, mas sobretudo no plano ético e negocial."
Bagão Félix, in A Bola
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