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segunda-feira, 10 de abril de 2017

O desporto e os perigos do mundo...

"O jogo entre as Coreias, disputado no último sábado, foi um óasis de esperança num deserto de preocupação à escola global.

Os mais recentes desenvolvimentos na Síria tornaram o Mundo mais instável e imprevisível.
Os factores de preocupações acumulam-se a ninguém pode garantir exactamente onde iremos parar. É a tensão entre norte-americanos e russos, a insegurança na Europa provocada pelo Daesh, a crise regional no extremo oriente, a fragilidade dos Estados africanos, a ameaça fundamentalista islâmica, a que acresce uma lógica populista na América do Sul que só contribui para a incerteza. Esta pulverização de players, que nasceu do fim da guerra fria, torna o futuro insondável. E com sinais de esperança cada vez menos nítidos.
Vem este introito a propósito do papel que o desporto pode ter como agente de détente. Não há nenhuma linguagem comum no planeta tão eficaz como a prática desportiva. Há dois dias, em Piongyang, Coreia do Norte e Coreia do Sul defrontaram-se num jogo de futebol (Mundial feminino, 1-1), perante 40 mil espectadores, sem incidentes, ao contrário do que vai marcando as relações entre dois países que são uma nação.
Há mais de um quarto de século (1991), Portugal foi palco do Mundial de sub-20 onde participou a equipa unificada da Coreia, representando na mesma selecção o Norte e o Sul. Pensou-se na altura, o Muro tinha acabado de ir abaixo, que o desanuviamento ia vencer e os tempos vindouros seriam de paz e progresso. Sabe-se que nada aconteceu assim, o equilíbrio da Guerra Fria deu lugar a uma era mais confusa, de globalização, de prognóstico reservado. Mas o potencial do desporto - onde a diferença é feita apenas pelo talento e nunca por raça, cor, credo ou ideologia - como força inclusiva continua a ser diferenciador.
O futebol, como modalidade mais popular do planeta, tem um contributo importante a dar, assim as Nações Unidas tenham capacidade para compreender a sua eficácia. Mas as restantes modalidades também são relevantes, tornando-se desde já uma prioridade garantir que o movimento olímpico não é contaminado pela radicalização de posições, nomeadamente pela medidas anti-emigração de Donald Trump que estão a um pequeno passo de minar as hipóteses de Los Angeles como sede olímpica de 2024.
Hoje, o Mundo é um sítio perigoso. Que o desporto pode ajudar a ser melhor. Vamos a isto?

(...)
Rei
Rui Vitória
Na semana em que prolongou a ligação ao Benfica, viu a sua equipa passar o obstáculo de Moreira de Cónegos e continuar na liderança do campeonato. No entanto, a forma como os encarnados actuaram frente ao detentor da Taça da Liga deve motivar profunda reflexão de Rui Vitória. O melhor foi o resultado.

Jorge Jesus, por vezes, é difícil de entender...
«Ao longo dos anos tenho tido batalhas de comunicação com os meus rivais (...) Depois do jogo, fora do contexto, respeito toda a gente»
Jorge Jesus, treinador do Sporting
Fez bem, o treinador do Sporting em voltar ao tema de Rui Vitória no Fórum de Treinadores da ANTF. Concordo que a comunicação é um instrumento que pode ajudar a ganhar jogos de futebol (e outros coisas, claro está...) e que deve ser entendida numa lógica de estratégia. O problema é quando se pisam linhas que não podem ser pisadas. Creio que, à sua maneira, Jesus pediu desculpa...

Barcelona afundou-se a 'Sur' da Andaluzia
Depois do empate caseiro com o Atlético de Madrid (1-1), muitos adeptos do Real temeram pela conquista da Liga. Porém, o Málaga, treinado por um madrilista sem mácula, Michel, impôs uma derrota ao Barcelona (com golo de um ex-'culé', Sandro) que mereceu honras de capa do diário 'Sur'. Grande campeonato!

Português voador
Miguel Oliveira continua a mostrar atributos para brilhar ao mais alto nível no motociclismo. Ontem foi segundo no GP da Argentina em Moto2, subindo ao terceiro lugar na classificação do Mundial. Depois de ter-se revelado como competidor credível na categoria mais baixa, e cumprida que foi a temporada de adaptação ao escalão intermédio, o piloto de Almada espreita a possibilidade de aceder, mais ano, menos ano, à piscina dos grandes, o palco natural para quem tem demonstrado tanto talento e tão grande capacidade competitiva."

José Manuel Delgado, in A Bola

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