"A arbitragem no meio do furacão. Em função dos clubes. Com protagonistas e actores secundários (os que fazem o trabalho sujo). Fornecedora de horas a fio de televisão em que não se fala de futebol, mas dos senhores (antes) vestidos de preto.
Um aspecto, porém, é positivo. Com a transmissão de todos os jogos, com o apertado escrutínio público dos árbitros, com a maior transparência (ainda que insuficiente) da sua actuação, com órgãos directivos mais profissionalizados, os apitos dourados ou similares já não voltam com a mesma descarada e impune batota.
Mas têm voltado, preocupantemente, formas diferentes de pressão. Não me refiro às tácticas de cada clube, umas mais institucionais, outras mais boçais. Nem aos jogos cínicos de palavras e graçolas, em que há especialistas contumazes. Falo, antes, de pressões físicas, psicológicas, familiares, geradoras de medo, de coacção, de perda de liberdade em se ser juiz soberano num qualquer jogo.
O assédio intolerável ao centro de treinos dos árbitros na Maia, através de energúmenos, sob a falsa capa de anjos sem clube, foi o culminar da chantagem. Dois pontos ficaram desse soez comportamento: há árbitros com medo e tergiversações e há silêncio de todo incompreensível de quem os dirige.
Há dias, foi a casa de um familiar de um árbitro a ser vandalizada. Tal vem acontecendo sempre na mesma lógica, mas só com jogos do Benfica. E certos media relatam envergonhadamente tais diatribes como se tivessem autoria anónima e desinteressada. Tanta (falsa) ingenuidade!
P.S. Lamentável a atitude de claque do SLB em Sta. Maria da Feira. Urge mudar as regras de punição."
Bagão Félix, in A Bola
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