"Quando o colectivo encontra dificuldades as individualidades resolvem os problemas
Fulgor
1. Vitória justa do Benfica que, com entrada de rompante, cedo fez golo e materializou o natural ascendente. Perante plateia em festa com a possibilidade da equipa colocar de novo a vantagem para 2.º nos 4 pontos, o jogo começou frenético e de sentido único. Com o seu primeiro tempo de defesa apurado, impedindo a equipa de Luís Castro de sair na contra-ofensiva, os encarnados retiraram a bola ao Rio Ave e mostraram argumentos sólidos, apesar da densidade competitiva deixar marcas. Com Cervi, Rafa e Guedes a dinamitarem o jogo ofensivo e alimentados pelo futebol geométrico de Pizzi e na visão de helicóptero de Fejsa, o Benfica tinha em Mitrolgou o finalizador por excelência, regressado depois de período cinzento, mostrando os propósitos de Rui Vitória em ter referência fixa no corredor central. Foram 20 minutos de grande fulgor. Roderick e Villas Boas sentiram imensas dificuldades para acompanharem o ritmo dos avançados da casa e demonstraram pouco ritmo competitivo. O segundo golo apareceu no momento em que os pupilos de Luís Castro equilibravam os acontecimentos e procuravam estender-se no relvado e mostrar o porquê de chegarem a luz com 4 vitórias seguidas. Quando o colectivo encontra dificuldades no seu percurso, as individualidades deste conjunto encarnado surgem e resolvem os problemas. Pizzi e Rafa resolveram puxar dos galões e presentear a plateia com combinação simples concluída com finalização perfeita.
Gestão
2. O segundo tempo mostrou uma equipa de verde vestida mais disposta a emendar a primeira parte apagada e pouco conseguida e oportunidades para reduzir até surgiram. Com Gil Dias e Tarantini, o Rio Ave pareceu mais de encontro com o seu modelo normal, e para um Benfica mais apostado em controlar o jogo e a não correr grandes riscos, aparecia um conjunto vilacondense mais afoito. Não fosse Ederson defender magistralmente o remate de Rúben Ribeiro, talvez o jogo disparasse para outros níveis de interesse
Como o golo não surgiu, descansou o Benfica e Rui Vitória foi gerindo o plantel, dando mais minutos ao jogador mais determinante ofensivamente na época transacta: Jonas. Apesar da vantagem tranquila e do grito de Ipiranga do Rio Ave, esperava-se que o campeão nacional, principalmente nos últimos 20 minutos, revelasse outra capacidade de aproveitar o adiantamento das linhas forasteiras e criasse mais oportunidades de golo. Em vão.
Valeu a primeira parte intensa e variada dos encarnados, assente no seu vertiginoso trio ofensivo, sempre em excesso de velocidade e a reacção personalizada na segunda parte dos comandados de Luís Castro. Quanto ao jogo, de dominador na primeira parte, o Benfica terminou como controlador e de olho nas festas e no descanso que aí vem."
Daúto Faquirá, in A Bola
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