"Anda o presidente do Gil Vicente rejubilante com este maná caído do céu, mais concretamente do Tribunal do Círculo Administrativo de Lisboa, que anulou a despromoção do clube, a ponto de prometer um festim, na cidade, de porcos e vitelas e a animação de Quim Barreiros.
Não é caso para menos. Diremos que, no meio desta exuberância pecuária, só falta mesmo a vaca que voa... Mais um caldinho, a atormentar a já débil credibilidade do futebol português, com esta realidade singular: no espaço de três anos, a Liga vai ter de alargar duas vezes o número de clubes na primeira divisão, por via de reversões judiciais, que anularam decisões dos órgãos disciplinares da Federação e da Liga (que, nestes casos, ainda exercia esse poder).
A somar às suspeições decorrentes, do 'fixing' e que já levaram à prisão preventiva de vários arguidos, ressurge agora esta batata quente, que, desde 2006, andava esquecida nas catacumbas do nosso contencioso administrativo.
Bem andou a Federação ao atalhar caminho neste imbróglio, renunciando ao recurso e encarando a questão de frente, mas com um desfecho reputacional e desportivo desastroso; realmente em Portugal acontecem coisas que não há em mais lado nenhum e a Primeira Liga, que não era já um modelo de competitividade, vai ser alargada com um (ou mesmo dois) clubes, que, em rigor, não vão acrescentar nada.
Os mitos urbanos, em que o nosso futebol é pródigo, pululam de histórias de membros de órgãos jurisdicionais, que, sob a capa de uma aparente independência, se prestam a fretes e a jogadas de bastidores. Não quero nem saber, porque, em minha opinião, o problema não é esse.
O problema está na qualidade das pessoas que vêm integrando sucessivamente esses órgãos e que falham, por sistema, em questões fulcrais, quando submetidas ao escrutínio judicial. Logo, há que ter os processos mais bem instruídos, de forma absolutamente transparente e decididos por gente mais capaz e dedicada.
Talleyrand dizia dos Bourbons, que estes nada esqueciam, mas também nada aprendiam. Desde o famoso caso N'Dinga que, nos anos 90, opôs Guimarães e Académica, que esta máxima parece aplicar-se aos órgãos jurisdicionais do nosso associativismo, onde vejo sempre os mesmos nomes, 'pase lo que pase'."
Porquê não divulgar ..." onde vejo sempre os mesmos nomes , 'pase lo que pase'..." esse nomes ?
ResponderEliminarOs jornalistas Portugueses , que escrevem sobre o Futebol , NÃO CUMPREM A MISSÃO DELES , que é a de denunciar não sô factos que vão contra a verdade desportiva, mas também DEVEM mencionar os NOMES DOS QUE SUPOSTAMENTE FAZEM ARRANJINHOS ..., que é para ficarmos a saber quem eles são . A menos que seja porque os.. 'dos arranjinhos' beneficiem clubes aos quais esses "jornalistas de factos" são afetos ; Não serà assim ?!?!?!