"Começam a vir a público algumas das acções do antigo Conselho de Arbitragem (CA), e assim vamos também percebendo a reacção dos árbitros ao longo da época, como a sistemática recusa à realização dos obrigatórios testes escritos e físicos (art.º 20º, alínea h do Regulamento de Arbitragem), cujas notas deveriam ter reflexo na classificação final. Mas a fila anda: como justificar também o incumprimento em matéria de designação dos nomes para as insígnias da FIFA, num evidente desrespeito regulamentar (Carlos Xistra nos últimos dois anos, Hugo Miguel na última época...)? Como validar para a classificação as imagens vídeo da empresa contratada pela Liga e haver entretanto jogos em que o sistema, por acaso, até falhou, beneficiando uns e prejudicando outros? Como aceitar que árbitros lesionados sejam reconduzidos sem nota final quando as normas são explícitas e dizem que a falta de elementos de avaliação determina a descida de categoria?... Finalmente, para não atulhar a caixa de críticas, que devem aliás ser estendidas a todo o antigo CA e não apenas a Vítor Pereira, detenhamo-nos nesta realidade tão absurda quanto ilegal, só possível numa casa sem ordem e num futebol de faz de conta(s): do quadro dos 24 árbitros da Liga (sem contar com os assistentes, portanto), só nove foram realmente tratados como profissionais - os internacionais. De facto, este restrito lote, além das verbas tabeladas para cada jogo, e comuns a todo o grupo, recebeu um bónus mensal de três mil euros, suportado pela FPF, a título de compensação pela exclusividade. Não entrando na discussão da chocante falta de paridade, já parece serviço de amador proceder depois à avaliação dos 24 sem a devida equidade, uma vez que uns podem treinar-se diariamente e outros não!... E não canso mais. Mas pergunto: vamos continuar assim?!..."
Paulo Montes, in A Bola
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