"Foi bonito alimentar a esperança de, 89 anos depois da conquista do Campeonato de Portugal (1926), o Marítimo poder enriquecer a sua sala de troféus com uma Taça da Liga, mas a vida é assim. Como referiu o treinador Ivo Vieira, quem chega a uma final só pensa em vencê-la. Acredita-se que foi com esse espírito que todos os jogadores maritimistas e encararam, tamanha a valentia demonstrada num combate desigual em função da reconhecida qualidade do Benfica, o qual arrecadou a terceira conquista da temporada com inatacável merecimento, apesar de ter sido obrigado a deixar a pele em campo devido aos problemas que o adversário lhe criou: o que só valoriza um sucesso que, embora esperado, precisou de litros de suor para cavar o seu rio e foi confirmado por quilómetros de talento.
Como se percebeu, o problema não residiu num Marítimo generoso, que lutou até ao limite das suas capacidades, mas sim num Benfica de superior dimensão, que se revelou forte de mais. As surpresas acontecem, é certo, mas geralmente, no momento da verdade, triunfam os melhores. Foi o caso, e a Luz vai acolher a sexta Taça da Liga num total de oito edições (Vitória de Setúbal e Sporting de Braga apoderam-se das restantes).
A primeira decisão de encerramento de época está (bem) resolvida. Falta a segunda, e mais importante na hierarquia: a Taça de Portugal. O Sporting de Portugal não a ergue há sete anos; o Sporting de Braga não lhe sente o peso desde 1966. O terceiro e o quarto do campeonato outra vez frente a frente. Na última jornada da Liga, Marco Silva goleou Sérgio Conceição, em Alvalade. Amanhã, no cenário místico do Jamor, como será? Um dia alguém disse, prognósticos só no fim do jogo..."
Fernando Guerra, in A Bola
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