"Decorrei esta semana, por iniciativa do Presidente da República, um evento denominado Homenagem ao Desporto Português. Na referida cerimónia foram distinguidos 16 atletas.
Podemos questionar a oportunidade desta cerimónia, pois no último 10 de Junho, momento em que é habitual o Presidente da República proceder à atribuição e entrega dos títulos honoríficos, ninguém da área do desporto mereceu distinção. E não podemos esquecer a celeuma gerada recentemente com a entrega de títulos honoríficos em cerimónia específica para apenas atletas, treinadores e dirigente de uma única modalidade. Todos esperam coerência, bom senso e justiça por parte da entidades do Estado. Na verdade, e neste evento, com um critério transparente, medalhados olímpicos/paralímpicos e um campeão do Mundo de uma disciplina olímpica e outro paralímpica, o Presidente da República agraciou atletas que se destacaram em grandes competições internacionais, especialmente nos ditos Jogos, e que até hoje não haviam sido agraciados.
Surpreendente e revelador o facto de termos medalhados em 1952 e que durante todos estes anos, e após centenas de títulos honoríficos entregues, nenhum Presidente da República teve a oportunidade de os homenagear.
Um país que paga prémios de mérito desportivo, fazendo cerimónias para entregar cheques, já podia ter criado esta oportunidade. Sinal do real valor e peso que ao desporto (não) é dado. Fica esta cerimonia marcada, acima de tudo, como um acto de justiça e reconhecimento para com estes atletas que atingiram a excelência, mais vale tarde do que nunca.
Esperemos que não seja apenas um fogacho circunstancial. E que nas futuras cerimónias de atribuição de títulos honoríficos o desporto esteja presente com as demais áreas, nas cerimónias do 10 de Junho."
Mário Santos, in A Bola
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