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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Agarrem-no senão Jesus vai

"Jorge Jesus deve estar muito agradecido a Luís Filipe Vieira por esta nova boa época do Benfica; Luís Filipe Vieira deve estar muito agradecido a Jorge Jesus por esta nova boa época do Benfica; o treinador porque recebeu das mãos do seu presidente um excelente grupo de jogadores que lhe possibilitou construir uma equipa competente e ganhadora, enquanto Luís Filipe Vieira, mais uma vez, viu Jorge Jesus oferecer-lhe um trabalho sério e profissional, embora pago com bom dinheiro. Resultado prático desta identificação bem-sucedida: o Benfica corre imparável para a renovação do título nacional, que, a acontecer, será o primeiro bis de um treinador português na Luz, o que tem contribuído para o reforço da confiança e do orgulho dos seus adeptos.
Não resta, pois, qualquer dúvida de que esta saudável conexão entre os dois homens-fortes do Benfica está a dar os devidos frutos, aliás, como se confirma pelos títulos de campeão nacional já garantidos, afinal o que é importante - dois a caminho de três, o que não deixa de ser um bom indicador. Deste modo, faz todo o sentido que Luís Filipe Vieira convide Jorge Jesus a renovar o contrato - custa a perceber por que ainda não o fez - embora se compreendam bem as hesitações do treinador que, de peito cheio, não quer ver a sua folha salarial drasticamente reduzida ou limitar as suas ambições ao trabalho com uma forte componente da formação, situação para a qual não parece estar vocacionado.
Por esta altura fica a dúvida sobre se Jorge Jesus quer dar o passo no desconhecido, trocando o conforto da Liga portuguesa onde está claramente em vantagem sobre os concorrentes, ou se prefere dar continuidade ao ciclo vitorioso do Benfica, visando o tricampeonato e sucessivas conquistas, mas agora com muito mais atenção à Liga dos Campeões, uma competição que está atravessada na garganta do presidente. Jorge Jesus, que começará a próxima época com 61 anos, saberá conjugar a ambição que tanto apregoa com a coragem de um desafio que será sempre complicado fora de portas, atendendo às suas conhecidas limitações? É esta a chave da equação e só lhe compete, a ele, tomar a melhor decisão. Agarrem-no... porque senão ele vai mesmo!"

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