"O Benfica começou o campeonato a não jogar nada - e só por felicidade (e um ou outro erro de arbitragem) não se atrasou irremediavelmente do FC Porto.
Na altura, escrevi neste espaço que, enquanto Jesus não encontrasse um n.º 6 a sério, a equipa não estabilizaria. E depois da saída de Enzo Pérez, esse problema também se colocou para o n.º 8.
Recordo que na posição 6 foram experimentados vários jogadores (André Almeida, Rúben Amorim, Samaris e até Talisca, enquanto se esperava pela recuperação de Fejsa). E, para a posição 8, Talisca assumiu-se como o mais forte candidato.
Confesso que cheguei a falar deste tema com o próprio Jorge Jesus, que tinha dois casos bicudos para resolver.
Ora bem: com muito esforço de Samaris e do treinador, o grego fixou-se como proprietário da decisiva posição 6, sobretudo depois da exibição que fez no Dragão. Mas o n.º 8 ficou por preencher, pois Talisca não mostrava características para a função (e qual será afinal o seu lugar?).
Até que se deu o milagre: da penumbra saiu o esquecido Pizzi, pelo qual já ninguém dava nada. E, tal como sucedera com Enzo, passou de extremo-direito vulgar a um excelente centro-campista.
Samaris joga à grega: é duro de roer, dá o corpo ao manifesto e procura jogar simples. Pizzi, sendo português, parece influenciado pelo nome com ressonâncias argentinas: tem boa técnica, transposta bem a bola e é senhor de uma óptima visão de jogo, isolando companheiros com alguma facilidade. Nos seus pés o jogo flui.
Com Samaris o Benfica ganhou robustez a defender, com Pizzi ganhou asas a atacar. São duas peças fundamentais nesta equipa quase campeã."
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