"Crescem os sinais de desconforto dos clubes que pagam a horas e estão perante o espectro da despromoção. Surpresas a caminho?
Os presidentes do Penafiel e do Gil Vicente, clubes que estão na zona de descida (os durienses já estão despromovidos...) já vieram a terreiro lembrar que, apesar da situação pontual em que se encontram, não devem nada a ninguém e não admitem que outros que não têm as contas em dia lhes passem à frente.
Tudo se encaminha para que a Liga de Clubes seja este ano confrontada, de forma muito séria, com a necessidade de tomar medidas que punam os incumpridores, única forma de garantir o fair-play e a integridade da competição. Poderá acontecer que desçam de divisão clubes que terminem a época em lugares de relativo conforto, assim se faça prova de que não cumpriram com as suas obrigações, quer em relação a salários, quer no que respeita à fiscalidade e Segurança Social.
O cenário não é de hoje e por causa das más práticas da Liga no passado, até houve um clube rigorosamente cumpridor, o Campomaiorense, que abandonou o futebol profissional. Infelizmente, tem sido prática reiterada aparar os golpes e facilitar a vida a quem promete o que não tem e depois fica a dever, penalizando aqueles que, por quererem viver de acordo com as suas possibilidades, não se apetrecharam tão bem quanto os incumpridores.
É tempo de denunciar as declarações de faz de conta dos jogadores, que garantem que os clubes nada lhes devem, obtidas, regra geral, em clima de chantagem económica.
É tempo de impor o rigor que catapultará o futebol profissional em Portugal para patamares de maior seriedade.
A Liga de Clubes tem pela frente uma tarefa fiscalizadora fundamental para moralizar as práticas. Não é aceitável que o crime compense e que desçam de divisão clubes que pagaram tudo a tempo e horas, mantendo-se emblemas que vivem de expedientes e espertezas que fazem os outros de parvos.
Durante muitos anos a Liga colocou-se numa situação de «engana-me que eu deixo», abrindo janelas quando a lei tentava fechar as portas aos incumpridores.
Não creio que esse seja o propósito da gestão actual da Liga de Clubes. Mas como de boas intenções está o Inferno cheio, deverá passar aos actos, avaliando com rigor quem deve continuar nas competições profissionais. Doa a quem doer. Já foram anos a mais de certidões de faz de conta...
Toni, quase, quase...
O Tractor de Tabriz, treinado por Toni, está a uma vitória de sagrar-se, pela primeira vez na sua história, campeão do Irão. Na derradeira jornada recebe o segundo classificado, o Naft empatarem e o Sepahan vencer, será este clube a levantar o caneco. Emoções ao rubro no Irão, com um português suave metido ao barulho, à procura da glória. E Toni é uma daquelas pessoas, como já vai havendo poucas, que merece que tudo de bom lhe aconteça. Força Tractor!
Ás
José Jardim
Apesar da excelente réplica do Fonte do Bastardo, o Benfica foi aos Açores aplicar um golpe de autoridade e sagrar-se tricampeão nacional de voleibol. De parabéns a equipa e o treinador, mas também a Direcção, representada pelo vice para as Modalidades, Domingos de Almeida Lima, por esta época realmente sensacional...
Lima
Fala-se da possibilidade de rumar à China na próxima época mas isso não impede que se tenha apresentado em grande nível nas últimas jornadas. Aliás, contra o Penafiel foi o melhor em campo, assinando dois golos e uma exibição de encher o olho. Uma mais-valia do Benfica. Vieira foi feliz quando o contratou ao SC Braga.
(...)
Guardiola, a queda de um anjo
«Fica a sensação de que os jogadores perderam um pouco a confiança em Guardiola e ele nos objectivos a que se propunha»
Lothar Matthaus, ex-internacional alemão
Abriu, na Alemanha, a época de tiro ao Pep. Endeusado por muitos durante muito tempo, Guardiola sofre agora ataques de todos os quadrantes, como se tudo o que já fez no futebol se tivesse diluído no mau resultado de Barcelona. Criticam-lhe a rotatividade, acusam-no de preparar mal fisicamente a equipa e de agir de forma errática quanto à táctica. Guardiola a passar por isto, quem diria?
(...)"
José Manuel Delgado, in A Bola
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