"É já amanhã que o Benfica joga no Restelo. Depois de dois recitais de Futebol com Nacional e Académica, os campeões nacionais vão para mais um jogo fora antes da recepção ao segundo classificado num estádio que já ultrapassou, esta época, os 600 mil espectadores. Frente ao Belenenses é tempo de a equipa mostrar fora o brilhantismo que tem exibido em casa. E não vai ser fácil. Até ao fim da temporada não há jogos fáceis, mas a verdade é que também não os houve durante as 28 jornadas que já passaram. Com o Benfica nada é fácil, nada é oferecido, há sempre que mostrar o dobro da qualidade para convencer os críticos. É a única equipa em Portugal a quem é exigida nota artística. Os rivais passam incólumes por exibições paupérrimas, más decisões técnicas, escandaleiras com jogadores emprestados e declarações incendiárias.
A Jorge Jesus e ao Benfica é sempre exigido que sejam perfeitos, que ganhem, goleiem e maravilhem os adeptos. Dos outros, só se espera que ganhem. Bem ou mal, mas que ganhem.
É tempo de, mais uma vez, vencer, dar espectáculo e não dar azo a críticas. A equipa que tem tantos pontos como golos marcados não pode falhar fora de casa. Já chegaram os avidos de Paços de Ferreira e Vila do Conde. Os adeptos sabem disso, o presidente sabe disso, os jogadores sabem disso, o treinador sabe disso.
Resta esperar que os três reis magos - Gaitán, Jonas e Lima (que também poderiam ser Salvio, Júlio César e Luisão) - sigam na senda da estrela que os leva amanhã a Belém. E que, em vez de ouro, incenso e mirra, ofereçam a Jesus e a nós, seus acólitos e seguidores, o santo Bicampeonato."
Ricardo Santos, in O Benfica
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