"Já aqui escrevi que a Taça de Portugal é a competição mais democrática do nosso futebol profissional. Ou seja, aquela em que um clube mais modesto pode festejar uma vitória inolvidável para a sua história perante um clube de outra e superior divisão. Aquela em que se pode ganhar o troféu e aspirar a uma aventura europeia, sem ser Benfica, Porto e Sporting. Continuo a pensar que até uma determinada fase da competição, os jogos sorteados entre clubes de escalões deveriam ser sempre realizados em casa destes. Assim, se faria uma boa discriminação positiva e se veriam, por esse Portugal fora, as equipas mais desejadas.
Este ano e chegados aos oitavos de final da Taça, é interessante verificar que dos 16 apurados, 62% são da 1.ª Divisão, mas ainda resistem 3 clubes da 2.ª Liga e outros tantos do campeonato de seniores que corresponde ao 3.º escalão.
Já ficaram de fora 8 primodivisionários, entre os quais Porto, Guimarães, Académica e Vitória de Setúbal (que venceram 6 das últimas 10 edições da Taça).
Tudo dependendo dos caprichos dos sorteios, Benfica, Sporting e Braga assumem-se agora como os menos surpreendentes finalistas. Ou talvez não porque um sensacional Belenenses, os sempre duros de roer (sobretudo em casa) Paços de Ferreira, Nacional, Marítimo e Rio Ave têm uma palavra a dizer.
Uma palavra especial para um dos clubes pelo qual tenho uma grande ternura e me reconduz sempre às minhas memórias de juventude: o COL, Clube Oriental de Lisboa que eliminou o Vitória de Setúbal em jogo bem renhido. E também para o derby minhoto, o mais iconográfico a seguir ao SLB-SCP.
Viva, pois, a Taça!"
Bagão Félix, in A Bola
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