"Já aqui escrevi sobre Pablo Aimar, que agora termina o contrato com o Benfica, depois de cinco temporadas. Há mais de um ano, o presidente do clube dirigiu-se-lhe, com toda a justiça, escrevendo: «Há jogadores que deviam ser eternos, e tu és um deles. A camisola do Benfica será sempre tua. Gostaria que o Benfica fosse sempre uma das tuas 'pátrias'.»
Jogador de classe, profissional modelar, homem inteligentemente simples que - como então escrevi - enche os campos com sinfonia e mestria. Um jogador de quem até a relva e a bola devem sentir a diferença de trato.
Muitos jogadores estrangeiros têm passado pelo Benfica. Uns que se recordam com saudade, outros que não deixaram rasto. Aimar pertence ao grupo restrito dos que passam à história do clube como modelos, ícones da excelência e exemplos a seguir. Tal como, entre outros, Valdo, Ricardo Gomes e Preud'homme.
Por tudo isto, tenho pena do modo triste, quase despercebido, sem luz, como Aimar termina a sua passagem pela Luz. Compreendo que tenho jogado menos por força de lesões e menor fulgurância física, embora tenha para mim que poderia ter sido muito útil em alguns jogos (recordo aqui e tão-só a preferência por Carlos Martins no fatídico jogo com o Estoril).
Mas, o que mais me custou, como seu admirador, foi vê-lo entrar nos derradeiros minutos na final da Taça com uma equipa derrotada e já destroçada. Aimar merecia muito melhor...
Como não o pude aplaudir de pé como gostaria de fazer na Luz, escrevo este singelo texto para lhe dizer quanto gostei de o ver no meu clube e agradecer-lhe o perfume do seu futebol e o sorriso de quem é feliz na profissão que muito honra."
Bagão Félix, in A Bola
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